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João Nuno Mendes: “É de sublinhar o crescimento do investimento sustentável ao longo dos últimos anos”

João Nuno Mendes, secretário de Estado das Finanças, fez a abertura institucional da talk “Finanças Sustentáveis – Boas práticas compensam”, na qual destacou que serão necessários investimentos muito significativos para a transformação dos diferentes setores com vista a um mundo mais verde.

Negócios 21 de Outubro de 2021 às 18:26
João Nuno Mendes, secretário de Estado das Finanças
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O mundo está em plena transformação para se atingir a neutralidade carbónica em 2050. Uma transformação que exige empenho de toda a sociedade e avultados investimentos para descarbonizar um modo de vida incompatível com o almejado mundo mais verde. Algo que já está em andamento e que exige avultados investimentos. Recorde-se que o Pacto Ecológico Europeu prevê um pacote de um trilião de euros para estimular investimentos públicos e privados numa economia mais verde.

Neste sentido, "gostava de sublinhar o crescimento do peso do investimento sustentável ao longo dos últimos anos", começou por sublinhar João Nuno Mendes, secretário de Estado das Finanças, na abertura institucional da talk "Finanças Sustentáveis – Boas práticas compensam", organizada pelo Jornal de Negócios a 21 de outubro.

No plano internacional, referir que, segundo dados divulgados no World Investment Report 2021, "apenas no ano de 2020 foram emitidos perto de 600 mil milhões de dólares em obrigações sustentáveis, o que representa um aumento de 75% relativo ao ano anterior. Mas, se verificarmos quanto é que isso pesa ao nível do mercado obrigacionista, pesa sensivelmente 1,3%, o que demonstra que de facto existe aqui um potencial de crescimento muito significativo", referiu o secretário de Estado. Neste sentido, acrescentou, "temos consciência de que esta modalidade de financiamento será muito importante para o financiamento da transição para uma economia mais verde e sustentável, uma vez que sabemos que são necessários investimentos muito significativos, se pensarmos na transformação do setor dos transportes, do setor da mobilidade, do setor industrial, do próprio setor energético, etc. Estamos a falar de uma transformação de grande dimensão, e se queremos cumprir os objetivos climáticos, esta escala de transformação terá de acelerar ao longo dos próximos anos".

Neste caminho, a Europa tem-se afirmado como um líder mundial na área da sustentabilidade, com a Lei Europeia do Clima, assinada durante o semestre da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (janeiro a junho de 2021), ao reforçar o compromisso dos Estados-membros para reduzirem as emissões de CO2 até 2030. Neste âmbito, João Nuno Mendes sublinhou que "no próprio desenho do instrumento de recuperação e resiliência foi estabelecido que 37% das verbas seriam utilizadas para se investir na transição energética e numa economia mais verde. Em Portugal, esse valor ascende a 6,3 mil milhões de euros, sendo que esta componente verde atinge sensivelmente 38% do total".

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