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É possível aproveitar a crise provocada pela covid-19 para lançar uma recuperação mais sustentável. Este foi o mote que guiou as sete Organizações Não Governamentais (ONG) nacionais (*) que entregaram a António Costa Silva propostas para que a sua “Visão Estratégica para o plano de recuperação económica e social de Portugal 2020-2030”, ontem apresentada, fosse justa e sustentável. Estas propostas vão também no sentido das recomendações que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) publicou já esta semana, ao sublinhar que “uma recuperação verde aumentará significativamente a resiliência das economias e sociedades face tanto a uma recessão severa como aos desafios ambientais cada vez maiores”.
As sete ONG referem que “a pandemia da covid-19 revelou a ligação clara entre a perda de biodiversidade e saúde humana: a destruição de habitats para captura e tráfico de animais selvagens para venda em mercados ‘molhados’ aumenta a probabilidade de contacto entre pessoas e zoonoses dos animais selvagens que desconhecemos e para as quais não temos imunidade nem meios suficientes para enfrentar”.
As ONG defendem que se deve “direcionar pelo menos 50% do investimento público para atividades e projetos ambientalmente sustentáveis”, como: eficiência energética, especialmente em edifícios; energias renováveis; eletrificação do transporte; agricultura sustentável; pesca sustentável; restauro ecológico à escala da paisagem de ecossistemas degradados; investimento em projetos de pagamento de serviços dos ecossistemas; conservação da natureza; produção de hidrogénio verde; economia circular; gestão sustentável da água; turismo sustentável, ou seja, de baixo impacto ambiental; e cidades sustentáveis.
Por outro lado, advogam que não se deve investir em: indústria dos combustíveis fósseis, incluindo através de subsídios e isenções fiscais; infraestruturas rodoviárias; infraestruturas aeroportuárias, como o aeroporto do Montijo e a expansão do aeroporto Humberto Delgado em Lisboa; barragens e outras barreiras ao fluxo livre dos rios, para fins de produção hidroelétrica e/ou agrícola; pesca insustentável; produção animal insustentável e aquacultura com elevada intensidade de recursos; e agricultura de grande escala e elevada intensidade.
“Uma recuperação económica justa e sustentável centrada nas prioridades de investimento público elencadas acima põe verdadeiramente as pessoas e a natureza no centro das decisões. Só assim será possível gerar novos empregos socialmente justos, economicamente viáveis, e ambientalmente sustentáveis. Só assim é possível proteger a saúde de todos face a futuras epidemias resultantes da destruição da natureza. Só assim conseguiremos combater as alterações climáticas e travar a perda de biodiversidade”, defendem as ONG.
(*) ONG que assinaram as propostas:
ANP|WWF – Associação Natureza Portugal, em associação com a WWF
FAPAS – Fundo para a Proteção dos Animais Selvagens
GEOTA – Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente
LPN – Liga para a Proteção da Natureza
Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza
SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves
ZERO - Associação Sistema Terrestre Sustentável
As sete ONG referem que “a pandemia da covid-19 revelou a ligação clara entre a perda de biodiversidade e saúde humana: a destruição de habitats para captura e tráfico de animais selvagens para venda em mercados ‘molhados’ aumenta a probabilidade de contacto entre pessoas e zoonoses dos animais selvagens que desconhecemos e para as quais não temos imunidade nem meios suficientes para enfrentar”.
As ONG defendem que se deve “direcionar pelo menos 50% do investimento público para atividades e projetos ambientalmente sustentáveis”, como: eficiência energética, especialmente em edifícios; energias renováveis; eletrificação do transporte; agricultura sustentável; pesca sustentável; restauro ecológico à escala da paisagem de ecossistemas degradados; investimento em projetos de pagamento de serviços dos ecossistemas; conservação da natureza; produção de hidrogénio verde; economia circular; gestão sustentável da água; turismo sustentável, ou seja, de baixo impacto ambiental; e cidades sustentáveis.
Por outro lado, advogam que não se deve investir em: indústria dos combustíveis fósseis, incluindo através de subsídios e isenções fiscais; infraestruturas rodoviárias; infraestruturas aeroportuárias, como o aeroporto do Montijo e a expansão do aeroporto Humberto Delgado em Lisboa; barragens e outras barreiras ao fluxo livre dos rios, para fins de produção hidroelétrica e/ou agrícola; pesca insustentável; produção animal insustentável e aquacultura com elevada intensidade de recursos; e agricultura de grande escala e elevada intensidade.
“Uma recuperação económica justa e sustentável centrada nas prioridades de investimento público elencadas acima põe verdadeiramente as pessoas e a natureza no centro das decisões. Só assim será possível gerar novos empregos socialmente justos, economicamente viáveis, e ambientalmente sustentáveis. Só assim é possível proteger a saúde de todos face a futuras epidemias resultantes da destruição da natureza. Só assim conseguiremos combater as alterações climáticas e travar a perda de biodiversidade”, defendem as ONG.
(*) ONG que assinaram as propostas:
ANP|WWF – Associação Natureza Portugal, em associação com a WWF
FAPAS – Fundo para a Proteção dos Animais Selvagens
GEOTA – Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente
LPN – Liga para a Proteção da Natureza
Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza
SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves
ZERO - Associação Sistema Terrestre Sustentável