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As empresas da indústria de Pasta, Papel e Cartão investiram 72 milhões de euros em iniciativas amigas do ambiente ao longo da última década, nota a associação do setor CELPA.
Os investimentos dividem-se em três eixos principais: a proteção ambiental captou a maior fatia, de 33,3 milhões de euros, seguida da investigação e desenvolvimento, num investimento de 23,3 milhões de euros e, finalmente, a prevenção de incêndios, que recebeu 15,4 milhões de euros, estima a associação.
"A economia circular já é maioritária na indústria do papel e tenderá a crescer se todos contribuírem para a reciclagem do produtor até ao consumidor final", informa a CELPA, num comunicado dirigido às redações.
De acordo com a mesma associação, 79% da água utilizada na produção é restituída limpa ao meio ambiente, fazendo da indústria papeleira, uma das mais eficientes na gestão dos recursos ambientais.
Por ano, a indústria papeleira gera mais de 3,4 Terawatts de energia elétrica, sendo que 73% são utilizados na produção de papel e cartão e os restantes 27% injetados na rede nacional. O biocombustível representa 70% da energia consumida pela indústria papeleira, sendo 10% biocombustível e os restantes 60% lenhina da madeira.
Pandemia travou reciclagem
Em Portugal, 70% do papel consumido é reciclado, seja papel gráfico e de escritório, cartão canelado de embalagens ou papel de uso doméstico, e cada fibra de papel pode ser reciclada sete vezes até ser valorizada.
Contudo, "durante o período de confinamento, alguns concelhos suspenderam a recolha de resíduos selecionados para prevenir o contágio da covid-19. Ainda que necessária, esta suspensão certamente terá efeitos nas metas que Portugal está comprometido", alerta a associação.