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"O contributo de Jorge Sampaio foi olhar para o futuro à distância, mais para além do dia a dia, das conjunturas, para as migrações, os oceanos, a sustentabilidade, as questões ambientais muito na onda de um processo de globalização que se estava a acelerar mas sempre com um coração imenso", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, sobre Jorge Sampaio, Prémio Personalidade a título póstumo.
Jorge Sampaio nasceu em Lisboa, em 18 de setembro de 1939, onde morreu em 10 de setembro de 2021. Era filho de Arnaldo Sampaio, médico especialista em Saúde Pública, e de Fernanda Bensaúde Branco de Sampaio, professora particular de inglês. Licenciou-se em Direito em 1961 e, no ano seguinte, foi um dos rostos principais da crise académica de 1962 que marcou o início de um movimento de contestação estudantil ao regime do Estado Novo. Prosseguiu a sua luta contra ao regime ao mesmo tempo que exercia advocacia.
Como disse Maria de Belém Roseira numa cerimónia de homenagem em 2021, Jorge Sampaio "tinha uma forma conscienciosa de estudar os assuntos e os dossiês, como tive oportunidade de verificar em diversos momentos, nomeadamente, quando foi Alto-comissário das Nações Unidas para a tuberculose e que que tinha muito a ver com o seu percurso de luta contra as desigualdades".
Depois do 25 de Abril de 1974 prosseguiu as suas atividades políticas e, em 1978, Jorge Sampaio aderiu ao Partido Socialista (PS). No ano seguinte, foi eleito deputado à Assembleia da República, tendo sido reeleito em 1980, 1985, 1987 e 1991. Em 1989, foi eleito secretário-geral do Partido Socialista, cargo que exerceu até 1991, e foi designado, pela Assembleia da República, como membro do Conselho de Estado.
Em 1989, foi eleito, e depois reeleito em 1993, presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Em 1995, Jorge Sampaio apresentou a sua candidatura às eleições presidenciais, e, 14 de janeiro de 1996, foi eleito Presidente da República na primeira volta. Apresentou-se de novo e voltou a ser eleito à primeira volta, em 14 de janeiro de 2001.
Como referiu Francisco George, antigo diretor-geral da Saúde, após a presidência iniciou um "ciclo exemplar em termos de construção de democracia e vê-lo-íamos à frente do Prémio Saúde Sustentável, numa mesa eleitoral de uma freguesia de Lisboa a contar os votos durante umas eleições, numa plataforma de apoio a refugiados sírios, à frente da luta contra a tuberculose a nível global". Na pós-presidência, Jorge Sampaio foi Enviado Especial para a Luta contra a Tuberculose, Alto Representante da ONU para a Aliança das Civilizações pelo secretário-geral das Nações Unidas, em novembro de 2013, fundou a Plataforma Global de Assistência Académica de Emergência a Estudantes Sírios.
"Não desistam, nunca! E não desistam de procurar soluções. De as partilhar, de discutir sucessos e fracassos, pois só progredimos se soubermos aprender com erros e boas práticas, nossas e dos outros", escreveu Jorge Sampaio dirigindo-se a prestadores de cuidados de saúde, a propósito do Prémio Saúde Sustentável de 2020, de que foi o presidente de júri durante mais de uma década.
Jorge Sampaio nasceu em Lisboa, em 18 de setembro de 1939, onde morreu em 10 de setembro de 2021. Era filho de Arnaldo Sampaio, médico especialista em Saúde Pública, e de Fernanda Bensaúde Branco de Sampaio, professora particular de inglês. Licenciou-se em Direito em 1961 e, no ano seguinte, foi um dos rostos principais da crise académica de 1962 que marcou o início de um movimento de contestação estudantil ao regime do Estado Novo. Prosseguiu a sua luta contra ao regime ao mesmo tempo que exercia advocacia.
Como disse Maria de Belém Roseira numa cerimónia de homenagem em 2021, Jorge Sampaio "tinha uma forma conscienciosa de estudar os assuntos e os dossiês, como tive oportunidade de verificar em diversos momentos, nomeadamente, quando foi Alto-comissário das Nações Unidas para a tuberculose e que que tinha muito a ver com o seu percurso de luta contra as desigualdades".
Depois do 25 de Abril de 1974 prosseguiu as suas atividades políticas e, em 1978, Jorge Sampaio aderiu ao Partido Socialista (PS). No ano seguinte, foi eleito deputado à Assembleia da República, tendo sido reeleito em 1980, 1985, 1987 e 1991. Em 1989, foi eleito secretário-geral do Partido Socialista, cargo que exerceu até 1991, e foi designado, pela Assembleia da República, como membro do Conselho de Estado.
Em 1989, foi eleito, e depois reeleito em 1993, presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Em 1995, Jorge Sampaio apresentou a sua candidatura às eleições presidenciais, e, 14 de janeiro de 1996, foi eleito Presidente da República na primeira volta. Apresentou-se de novo e voltou a ser eleito à primeira volta, em 14 de janeiro de 2001.
Como referiu Francisco George, antigo diretor-geral da Saúde, após a presidência iniciou um "ciclo exemplar em termos de construção de democracia e vê-lo-íamos à frente do Prémio Saúde Sustentável, numa mesa eleitoral de uma freguesia de Lisboa a contar os votos durante umas eleições, numa plataforma de apoio a refugiados sírios, à frente da luta contra a tuberculose a nível global". Na pós-presidência, Jorge Sampaio foi Enviado Especial para a Luta contra a Tuberculose, Alto Representante da ONU para a Aliança das Civilizações pelo secretário-geral das Nações Unidas, em novembro de 2013, fundou a Plataforma Global de Assistência Académica de Emergência a Estudantes Sírios.
"Não desistam, nunca! E não desistam de procurar soluções. De as partilhar, de discutir sucessos e fracassos, pois só progredimos se soubermos aprender com erros e boas práticas, nossas e dos outros", escreveu Jorge Sampaio dirigindo-se a prestadores de cuidados de saúde, a propósito do Prémio Saúde Sustentável de 2020, de que foi o presidente de júri durante mais de uma década.