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"O recurso a fontes de energia renováveis é uma boa notícia para Portugal porque desde a revolução industrial que esteve dependente de recursos que não tinha como o carvão, o petróleo e o gás, o que tinha impacto económicos e financeiros fortes como a inflação, os problemas da balança comercial", recordou Nuno Ribeiro da Silva, professor universitário, durante o debate "Como acelerar a transição energética?", que foi moderado por Filipe Duarte Santos, Professor Catedrático, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, no segundo dia da Grande Conferência Negócios Sustentabilidade 20|30 que decorre hoje em Cascais. Salientou que o novo paradigma assenta em fontes, tecnologia, know-how e conhecimento que existe em Portugal em toda a cadeia de valor.
"A instabilidade regulatória não é boa para a segurança dos investimentos. Não falta capital por causa do aumento das taxas de juro mas por causa da instabilidade regulatória", afirmou Vera Pinto Pereira, administradora da EDP, que sublinhou que esta revolução energética é exigente em termos de investimento.
Para Emanuel Proença, CEO da Prio, considerou que a transição energética "é um desafio mobilizador e que implica que se juntem muitas peças". Adiantou ainda que vai ser necessária muita eletricidade renovável para se atingirem os objetivos da descarbonização, mas deveria haver planos para os biogases, os biocombustíveis, porque "mudar uma frota é muito lento e muito custoso, é uma riqueza acumulada que pode durar mais tempo".
Na opinião de João Manso Neto, CEO da Greenvolt, "deve haver pragmatismo nas soluções que não têm de ser apenas elétricas. Nem tudo o que reduz emissões é bom, tem de se fazer contas e avaliar, fazer contas e não fazer escolhas que não estejam fundamentadas".