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João Castello Branco: "Sem medidas, dentro de 20 anos haverá mais plástico que peixes"

"Se não forem tomadas medidas urgentes, o mundo estará em 2050 a consumir recursos como se houvesse três planetas Terra em vez do único que temos à nossa disposição e assim se comprometerá o bem-estar das gerações futuras", diz o presidente do BCSD e chairman da The Navigator Company,

14 de Outubro de 2020 às 16:54
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"Se não forem tomadas medidas, estima-se que o consumo de plástico possa duplicar nos próximos 20 anos e passará a haver mais plásticos nos oceanos do que peixes", afirmou João Castello Branco (na foto), presidente do BCSD e chairman da The Navigator Company, na conferência digital Economia Circular, no âmbito do Negócios Sustentabilidade 20/30, uma organização do Jornal de Negócios que, além de promover o debate, institui o Prémio Negócios Sustentabilidade.

  

João Castello Branco acrescentou que "se não forem tomadas medidas urgentes, o mundo estará em 2050 a consumir recursos como se houvesse três planetas Terra em vez do único que temos à nossa disposição e assim se comprometerá o bem-estar das gerações futuras".

 

Para este gestor, "as empresas têm de estar no centro desta mudança de sustentabilidade, porque, em última instância, são as empresas que trabalham os recursos, os processam e entregam à sociedade o produto de que esta precisa para sobreviver. Portanto, caberá às empresas reinventarem-se e encontrarem novas formas de continuar a dar à sociedade aquilo de que ela necessita de forma mais eficiente e ambientalmente mais adequada".

Acompanhe aqui a Conferência sobre Economia Circular: https://www.jornaldenegocios.pt/sustentabilidade/detalhe/amanha-o-ministro-siza-vieira-no-negocios

Segundo a União Europeia, apenas 12% dos recursos são reintroduzidos na economia. "O uso pouco eficiente dos recursos extraídos conduz a prejuízos económicos e ambientais que se estimam que representem 63% dos custos ambientais e 13% do PIB mundial. Muitos produtos são concebidos para que sejam utilizados uma única vez ou terem pouca durabilidade", referiu João Castello Branco.

 

O caminho futuro passa por refazer processos de produção minimizando os recursos naturais, reutilizar os produtos aumentando significativamente o seu período de vida e o modo de utilização. Passa também por reciclar os produtos, reintroduzindo-os na cadeia de valor e, assim, reduzir de forma substancial o consumo de recursos naturais, sobretudo os não renováveis. Tem também de se reduzir significativamente o uso de plásticos de utilização únicaa, apontou.

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