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Investigadores do Porto criam a cápsula de café mais verde do mundo

Sabendo-se que acabam em aterros cerca de 75% das mais de 50 mil milhões de cápsulas de café que são produzidas todos os anos, um instituto do Porto (INEGI) aceitou o desafio da Colep, do grupo RAR, e desenvolveu uma eco-cápsula que é compatível até com a Nespresso.

26 de Setembro de 2023 às 13:38
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A Colep Packaging, subsidiária do grupo RAR que corporiza uma das empresas mais relevantes do mercado de aerossóis na Europa e líder ibérico de embalagens "general line", desafiou o Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI) a desenvolver uma solução para mitigar o impacto ambiental deste problema: estima-se que, por ano, são produzidas mais de 50 mil milhões de cápsulas de café e cerca de 75% delas acabem em aterros.

 

Assim nasceu o projeto Eco-Cápsula, que trouxe ao mundo cápsulas unidose, metálicas e 100% recicláveis.

 

"O objetivo foi desenvolver cápsulas metálicas, em aço ultrafino e 100% recuperáveis pelos sistemas convencionais de recolha e reciclagem, sem necessidade de recolha especial ou alteração dos sistemas de tratamento", revela o INEGI, em comunicado.

 

Este projeto, que conta também com o apoio da NewCoffee, um dos principais operadores do mercado de café em Portugal, resultou na criação de novas cápsulas "desenvolvidas para serem compatíveis com as máquinas de café Nespresso mas também com outros equipamentos e cápsulas já existentes no mercado, da mesma forma que os princípios que estiveram na base do seu desenvolvimento podem estender-se a outros formatos e tipologias de embalagem", afiança o mesmo instituto.

 

"O grande avanço face às soluções existentes em alumínio ou polímero, será a reciclagem plena, ou seja, sem necessidade de programas específicos de recolha seletiva ou trabalhos adicionais para a sua reciclagem. As propriedades ferromagnéticas do material escolhido facilitam essa tarefa e as soluções inovadoras de fragilização seletiva permitiram ultrapassar as limitações habituais da utilização destes materiais neste tipo de aplicação", explica Carlos Pinto, responsável pelo projeto no INEGI.

 

Relativamente ao processo de industrialização, José Oliveira, responsável pelo projeto na Colep Packaging explica que atualmente estão "a avaliar as possibilidades de entrada do produto no mercado, através da interação com potenciais utilizadores da solução", sendo que a compatibilidade com os atuais sistemas de enchimento utilizados pela indústria permite a rápida introdução do produto no mercado", afiança o INEGI.

 

Conclusão: "O conceito de economia circular foi a pedra basilar do projeto, e pretendeu-se demonstrar que é possível encontrar uma solução viável, a nível ambiental e económico, para a reutilização dos resíduos."

 

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