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Rui Gidro, partner da Deloitte, moderou o debate com Paulo Fernandes, presidente da Câmara Municipal do Fundão, e Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga.
As cidades são uma peça fundamental para o futuro sustentável já que representam cerca de 80% das emissões de consumo de energia, 70% das emissões de carbono. "As cidades são ou podem ser instrumentos-chave em tudo o que são as ações diretas para a sustentabilidade. Dos 17 Objetivos Desenvolvimento Sustentável definidos, 60% passam pela cidades", referiu Rui Gidro, partner da Deloitte, que moderou o debate.
No concelho do Fundão, com 700 quilómetros quadrados, vivem 27 mil pessoas, metade das quais na sede de concelho. Paulo Fernandes, presidente da câmara, descreveu como se criou "a cidade dos 6 minutos e 40 segundos através de uma estratégia de refuncionalização de um conjunto de edifícios públicos, nomeadamente um deles conhecido por multiusos, que a brincar chamava o ‘multinadas’ e que não tinha a obviamente grande utilização e stock de edifícios públicos que não estavam utilizados".
Com esta refuncionalização de edifícios criou-se uma bolsa de habitação mas que não foi orientada para habitação social ou habitação jovem, "criou-se um único regulamento disponibilizando habitação e diferenciando quem utiliza essa habitação para mão de obra altamente qualificada, ou seja, o nosso foco foi a atração de talento". Segundo o autarca, "a distância média que as pessoas percorrem são 6 minutos e 40 segundos e o sistema de mobilidade suave mais utilizado é o clássico de andar a pé", salientando as vantagens do centro à criação de polos no exterior da cidade. Hoje são mil engenheiros informáticos no Fundão, o que a torna a cidade do Interior com mais engenheiros informáticos per capita e de cerca de 107 nacionalidades.
Qualidade de vida
"Quando falamos de cumprir objetivos de descarbonização, para muitos cidadãos pode ser parecer um pouco exótico, mas a verdade é que estamos a trabalhar no que diz respeito à qualidade de vida e os projetos que precisamos de desenvolver a nível local têm de ser dirigidos para reforçar a qualidade de vida de quem vive nos diferentes territórios, independentemente da sua dimensão", assinalou Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga.
Dentro de cada território tem de existir uma estratégia, não pode ser com base apenas em iniciativas avulsas, que possam produzir efeitos positivos, frisou. "Tem de haver uma abordagem holística que seja transversal a toda a escala municipal que trate tanto das pessoas, como da natureza económica, as questões sociais, as questões de governança, as ambientais e integrá-las em todas as políticas municipais", considerou Ricardo Rio.
Cidades: espaços globais
"As cidades são os motores do desenvolvimento a escala global, quer porque são espaços onde se cria maior riqueza, quer porque são também o espaço da maior parte da população à escala global com uma tendência de crescimento muito acelerado nos próximos anos", afirmou Miguel de Castro Neto, subdiretor da Nova Information Management School e júri do Prémio Nacional de sustentabilidade na categoria Bem-estar e Cidades Sustentáveis numa apresentação anterior ao painel.
Guimarães, Capital Verde
Em 2011, a cidade de Guimarães recebeu a distinção de património cultural da humanidade, em 2012 foi capital europeia da cultura e no ano seguinte com a cidade europeia do desporto. Em 2014, foi criada estrutura de missão para capital Verde 2020, que acabou por fracassar, mas manteve-se o objetivo fundamental do desenvolvimento sustentável que foi integrado nas políticas públicas da autarquia e que agora deu lugar à Missão Guimarães 20 e 30, explicou Paulo Lopes Silva, vereador do município na apresentação do seu case study.
As cidades são uma peça fundamental para o futuro sustentável já que representam cerca de 80% das emissões de consumo de energia, 70% das emissões de carbono. "As cidades são ou podem ser instrumentos-chave em tudo o que são as ações diretas para a sustentabilidade. Dos 17 Objetivos Desenvolvimento Sustentável definidos, 60% passam pela cidades", referiu Rui Gidro, partner da Deloitte, que moderou o debate.
No concelho do Fundão, com 700 quilómetros quadrados, vivem 27 mil pessoas, metade das quais na sede de concelho. Paulo Fernandes, presidente da câmara, descreveu como se criou "a cidade dos 6 minutos e 40 segundos através de uma estratégia de refuncionalização de um conjunto de edifícios públicos, nomeadamente um deles conhecido por multiusos, que a brincar chamava o ‘multinadas’ e que não tinha a obviamente grande utilização e stock de edifícios públicos que não estavam utilizados".
Com esta refuncionalização de edifícios criou-se uma bolsa de habitação mas que não foi orientada para habitação social ou habitação jovem, "criou-se um único regulamento disponibilizando habitação e diferenciando quem utiliza essa habitação para mão de obra altamente qualificada, ou seja, o nosso foco foi a atração de talento". Segundo o autarca, "a distância média que as pessoas percorrem são 6 minutos e 40 segundos e o sistema de mobilidade suave mais utilizado é o clássico de andar a pé", salientando as vantagens do centro à criação de polos no exterior da cidade. Hoje são mil engenheiros informáticos no Fundão, o que a torna a cidade do Interior com mais engenheiros informáticos per capita e de cerca de 107 nacionalidades.
Qualidade de vida
"Quando falamos de cumprir objetivos de descarbonização, para muitos cidadãos pode ser parecer um pouco exótico, mas a verdade é que estamos a trabalhar no que diz respeito à qualidade de vida e os projetos que precisamos de desenvolver a nível local têm de ser dirigidos para reforçar a qualidade de vida de quem vive nos diferentes territórios, independentemente da sua dimensão", assinalou Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga.
Dentro de cada território tem de existir uma estratégia, não pode ser com base apenas em iniciativas avulsas, que possam produzir efeitos positivos, frisou. "Tem de haver uma abordagem holística que seja transversal a toda a escala municipal que trate tanto das pessoas, como da natureza económica, as questões sociais, as questões de governança, as ambientais e integrá-las em todas as políticas municipais", considerou Ricardo Rio.
A cidade dos 6 minutos e 40 segundos através de uma estratégia de refuncionalização de um conjunto de edifícios públicos. Paulo Fernandes, Presidente da Câmara Municipal do Fundão
Tem de haver uma abordagem holística que seja transversal a toda a escala municipal para territórios sustentáveis. Ricardo Rio, Presidente da Câmara Municipal de Braga
As cidades são hoje os motores do desenvolvimento à escala global. Miguel de Castro Neto, Subdiretor da NOVA Information Management School e júri do Prémio Nacional de Sustentabilidade
Segundo o autarca bracarense, quem consultar as opções do plano e o orçamento de 2022 da Câmara Municipal de Braga observa uma associação direta entre cada um dos investimentos, das estratégias e cada um dos objetivos do desenvolvimento sustentável. "Temos estado preocupados em prestar contas em relação ao cumprimento das nossas metas." A autarquia fez em 2020 o primeiro relatório de sustentabilidade que demonstrava que, entre 2008 e 20219, reduziram em 26% as missões de gás com efeitos de estufa. E isso "deu alento para trabalhar em linha com as metas assumidas pelas outras cidades da Eurocities".Cidades: espaços globais
"As cidades são os motores do desenvolvimento a escala global, quer porque são espaços onde se cria maior riqueza, quer porque são também o espaço da maior parte da população à escala global com uma tendência de crescimento muito acelerado nos próximos anos", afirmou Miguel de Castro Neto, subdiretor da Nova Information Management School e júri do Prémio Nacional de sustentabilidade na categoria Bem-estar e Cidades Sustentáveis numa apresentação anterior ao painel.
Guimarães, Capital Verde
Em 2011, a cidade de Guimarães recebeu a distinção de património cultural da humanidade, em 2012 foi capital europeia da cultura e no ano seguinte com a cidade europeia do desporto. Em 2014, foi criada estrutura de missão para capital Verde 2020, que acabou por fracassar, mas manteve-se o objetivo fundamental do desenvolvimento sustentável que foi integrado nas políticas públicas da autarquia e que agora deu lugar à Missão Guimarães 20 e 30, explicou Paulo Lopes Silva, vereador do município na apresentação do seu case study.