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Filipe Duarte Santos: "É necessário mudar o paradigma e passar a utilizar energias renováveis"

Comprovada que está pela ciência a emergência climática, o keynote speaker questiona se existe vontade e determinação para resolver o problema à escala global e quem vai pagar a fatura da transição energética.

Negócios 09 de Setembro de 2021 às 21:40
Filipe Duarte Santos, professor catedrático da Universidade de Ciências da Faculdade de Lisboa e presidente do CNADS
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O mundo está perante uma emergência climática. Tal é irrefutável pelos fenómenos extremos crescentes e globais que temos vindo a assistir um pouco por todo o planeta. "É necessário mudar o paradigma, sobretudo no setor da energia, e passar a utilizar energias renováveis e não combustíveis fósseis", afirma Filipe Duarte Santos, professor catedrático da Universidade de Ciências da Faculdade de Lisboa e presidente do CNADS, na talk "Descarbonização: Atuar já compensa", organizada pelo Jornal de Negócios, naquele que é o segundo ciclo de talks sobre sustentabilidade do jornal.

O keynote speaker salientou que a concentração de dióxido de carbono na atmosfera tem vindo a aumentar sistematicamente desde o início da Revolução Industrial, mas sobretudo desde a década de 1960, trazendo graves consequências para o planeta, incluindo a nível económico. "As alterações climáticas estão a atingir uma proporção que tem implicações no crescimento económico à escala global e também à escala de cada um dos países".

Porém, o keynote speaker questiona se existe vontade e determinação para resolver o problema à escala global e também quem vai pagar a fatura da transição energética, já que temos um mundo a diferentes velocidades e com diversas realidades económicas. A resposta a esta pergunta, diz, iremos ter na Conferência do Clima da ONU (COP 26), a ter lugar em Glasgow em novembro. "Todos os países foram convocados a enunciar a sua contribuição para a redução das emissões, mas muitos deles não o fizeram ainda de forma clara. As contribuições que fizeram até agora para a redução das emissões não foram suficientes para não ultrapassarmos o aumento de 1,5º C ou os 2º C. Estamos ainda bastante longe do caminho definido", afirma.

Reveja aqui a Talk.

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