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Com o manifesto "Inovação, desenvolvimento económico e sustentabilidade para Portugal", os membros comprometem-se a trabalhar alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estipulados pela Organização das Nações Unidas para 2030, com o Acordo de Paris, assinado globalmente, e com o Pacto Ecológico Europeu.
"O mundo nunca viveu uma época tão próspera de crescimento económico assente na colaboração e nos avanços da ciência e da tecnologia, com sociedades e economias hiperconectadas e globalizadas. Apesar desta realidade, as desigualdades sociais continuam a crescer com o aumento de pessoas em situação de precariedade e pobreza. Uma realidade social complexa à qual acresce o perigo que as alterações climáticas colocam ao planeta e que resultam de modelos de desenvolvimento económicos assentes em sistemas produtivos que ignoram os limites da capacidade de regeneração da natureza", começa por enunciar o manifesto.
Chegados a um ponto de não retorno, urge alterar o modelo de desenvolvimento do país, da Europa e do mundo. Uma transformação massiva, mas possível com a mobilização de todos, como se comprovou com a rápida cooperação mundial para fazer face à pandemia de covid-19. "O modelo de cooperação e compromisso assumido entre governos, empresas, comunidade científica e a sociedade civil para solucionar a pandemia deveria ser replicado na resolução da crise climática", refere o manifesto.
Neste campo, Portugal é destacado como país mobilizador, com o reconhecimento do esforço coletivo desenvolvido por todos os portugueses para alcançar a imunidade de grupo "sem deixar ninguém para trás". Assim, destaca o manifesto, "independentemente da idade, do género, do sítio onde vive ou do rendimento per capita, o modelo deve ser replicado na reconstrução de uma sociedade e economia que tenham como principal propósito a sustentabilidade. Esse é o caminho, o da descarbonização da economia, o da inclusão social. É necessário desenvolver novos modelos que criem riqueza, valor acrescentado e que não castiguem o ambiente".
Mudar o mundo até 2050
Ativistas e comunidade científica têm vindo a alertar para as alterações climáticas nas duas últimas décadas. Mas só bem mais tarde políticos e decisores a nível mundial, europeu e nacional começaram a olhar para o problema e perceberam que é preciso abraçar a causa da sustentabilidade, tendo como meta as zero emissões de carbono até 2050.
Neste sentido, o Jornal de Negócios promove os ODS, desde o ano passado, através do Prémio Nacional de Sustentabilidade e da rubrica semanal Negócios Sustentabilidade. "O Jornal de Negócios e as empresas parceiras desta iniciativa estão empenhados em mostrar que é possível construir um Portugal mais próspero, capaz de criar mais riqueza, ser mais equitativo e que promove um novo modelo de desenvolvimento económico, social e ambiental que garante um futuro risonho às futuras gerações."
Entre os vários pontos que compõem o manifesto, os signatários concordam que "é necessário um esforço coletivo para solucionar este problema civilizacional, que inclui governos, comunidade científica, empresas, cidadãos, ativistas e investidores". Defendem também que "Portugal deve apostar num modelo de desenvolvimento económico que promova a transição energética, a descarbonização e a qualificação de emprego", assim como que "o capital deve ser socialmente responsável e cumprir regras de transparência".
Às organizações pede-se que desencadeiem "esforços no sentido de uma maior adaptação às exigências ambientais, para que se mantenham competitivas e em consonância com os desafios de ESG" e que tenham como propósito "servir os seus stakeholders - acionistas, clientes, funcionários e as comunidades em que operam" - e ainda "promover oportunidades de emprego que permitam prosperidade aos trabalhadores de forma a garantir o progresso económico e social e em igualdade de condições para todos os géneros".
Por fim, uma palavra para a sociedade portuguesa, que se pretende que seja "pluralista, pacífica, justa e inclusiva".
Personalidades que integram o Conselho Estratégico ESG Fórum Prémio Nacional de Sustentabilidade 2030
Alexandre Fonseca, CEO da Altice Portugal
António Domingos da Silva Tiago, Presidente da Câmara Municipal da Maia
António Lagartixo, CEO da Deloitte Portugal
António Nogueira Leite, CEO da Sociedade Ponto Verde
António Ramalho, CEO do novobanco
Bruno Casadinho, CEO da Capgemini Engineering
Clara Raposo, Dean do ISEG
Emídio Pinheiro, CEO da EGF
Fernando Leite, Administrador-delegado da Lipor
Guy Vilax, CEO da Hovione
Hernâni Magalhães, CEO da Silvex
Isabel Furtado, CEO da COTEC
Isabel Ucha, CEO da Euronext Lisbon
Isabel Vaz, CEO da Luz Saúde
João Bento, CEO dos CTT
João Manso Neto, CEO da Green Volt
Jorge Magalhães Correia, Chairman da Fidelidade
João Pedro Oliveira e Costa, CEO do BPI
José de Pina, CEO da Altri
José Theotónio, CEO do Grupo Pestana
Luís Soares Moutinho, CEO da Sonae MC
Luís Urmal Carrasqueira, CEO da SAP Portugal
Marcelo Nico, CEO da Tabaqueira
Madalena Cascais Tomé, CEO da SIBS
Mário Vaz, CEO da Vodafone Portugal
Miguel Almeida, CEO da NOS
Miguel Maya, CEO do Millennium bcp
Otmar Hübscher, CEO da Secil
Paulo Fernandes, CEO da Cofina
Patrícia Vasconcelos, CEO da Caetano Bus
Pedro Castro e Almeida, CEO do Santander Portugal
Paulo Macedo, CEO da Caixa Geral de Depósitos
Pedro Norton, CEO da Finerge
Ricardo Rio, Presidente da Câmara Municipal de Braga
Rodolfo Florit Schmid, CEO da SIVA
Rui Diniz, CEO da CUF
Rui Miguel Nabeiro, CEO da Delta
Steven Braekeveldt, CEO Grupo Ageas Portugal
Teresa Brantuas, CEO da Allianz Portugal
Vasco Pereira, CEO da Lusíadas Saúde