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CEO do grupo Casais: "A sociedade precisa de edifícios eficientes"

O Grupo Casais está em 17 países e contacta com múltiplas realidades.

27 de Maio de 2022 às 19:40
António Carlos Rodrigues, da terceira geração da família, lidera o grupo Casais.
Bruno Barbosa
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"Estamos numa região que está a liderar a sustentabilidade que é a Europa. Estamos a falar de organizações e uma organização onde conjugamos pessoas, que respondem a diretores e este aos gestores e aos investidores e estes à sociedade, por isso a organização empresarial é o melhor veiculo para definir objetivos mais sustentáveis", referiu António Carlos Rodrigues, CEO do Grupo Casais na comunicação "A construção no suporte dos ODS e o impulso para a agenda da Economia Circular", durante o Get Together around Sustainability, promovido pela Associação Empresarial do Minho, que celebra o seu primeiro aniversário, e que decorre durante a Semana Económica de Braga, uma iniciativa da InvestBraga.

A construção é uma indústria tradicional, e vai entrar em vigor uma nova legislação sustentável em que um edifício pode ser passivo ou um ativo conforme a certificação com várias dimensões que vai passar a ser obrigatório e que depois "dá mais imposto ou mais crédito conforme as emissões de CO2 e a eficiência energética


O terceiro setor é o maior emissor de CO2, com 37% depois da energia e dos transportes. "A sociedade precisa de edifícios eficientes e estamos cá para o fazer", disse António Carlos Rodrigues.

 

Carbono incorporado

O gesto referiu ainda que esta indústria tem o peso do chamado "carbono incorporado" com o aço e o betão que "são altamente poluentes em termos indiretos e é aqui que a Europa vai apostar nestas alterações". Acrescentou que passa pelas soluções híbridas entre madeira e betão, a utilização de biomateriais, a criação de comunidades de energia porque cada vez mais se consome energia. Implica a utilização do digital, a construção em off-site e tornar a construção mais previsível e passar da produção para uma indústria, o que melhora a produtividade porque se aumenta a capacidade de cortar os prazos em 50%.

António Carlos Rodrigues alertou que no futuro emerge a "dupla materialidade com o lucro e o impacto que causa, por isso as empresas vão ter mudar e atuar nestes dois sentidos porque vai ter de se relatar e não é suficiente ter lucro". Concluiu que "a construção é a transformação do capital em ativo e pode ser feito em consonância com os ODS".

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