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"Sabemos distinguir o essencial do acessório, a vida ensina-nos, o problema é distinguir o urgente do essencial e nós estamos numa circunstância em que o urgente invadiu as nossas circunstâncias", disse Paulo Portas, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros e professor convidado da Nova SBE na abertura da Grande Conferência do Prémio Nacional de Sustentabilidade. Para Portas, a transição energética, que "é indiscutível para melhorar as circunstâncias ambientais e sustentáveis do planeta, tem de ser feita, mas não de forma dogmática".
O ex-governante entende que "vamos ver o urgente a determinar o prolongamento de algumas atividades a carvão, que são indesejáveis, a necessidade imperativa de ter petróleo para que não haja uma paralisação das economias, a busca desesperada por gás". A Agência Internacional de Energia aponta para que a Europa reduza a sua dependência da Rússia em 33 a 50%, e "se o fizer a 50% até o final do ano, estará a sacrificar a transição energética. A União Europeia diz que conseguirá atingir 66% nesse período.
"A globalização económica é um oceano de oportunidades. Se os países fecharem empobrecem, mas não é possível ter este nível de globalização económica sem ter um mínimo de governança política dessa globalização", assinalou. E lembrou que "não temos um sistema internacional de gestão de crises". "Globalização económica sim, mas com governança política razoável e institucionalizada."
O fim das certezas
Portas falou das certezas que os europeus tinham e se alteraram. "Mudou a certeza sobre a paz. Os europeus perceberam, depois da invasão da Ucrânia pela Rússia, que não há paz sem defesa." E lembrou que a ameaça está mais próxima, é mais perigosa e vem de alguém cujo racional é o das relações de forças. "A Europa percebeu que a sua porosidade estava assente na geopolítica da energia e na geopolítica da defesa."
O ex-governante entende que "vamos ver o urgente a determinar o prolongamento de algumas atividades a carvão, que são indesejáveis, a necessidade imperativa de ter petróleo para que não haja uma paralisação das economias, a busca desesperada por gás". A Agência Internacional de Energia aponta para que a Europa reduza a sua dependência da Rússia em 33 a 50%, e "se o fizer a 50% até o final do ano, estará a sacrificar a transição energética. A União Europeia diz que conseguirá atingir 66% nesse período.
"A globalização económica é um oceano de oportunidades. Se os países fecharem empobrecem, mas não é possível ter este nível de globalização económica sem ter um mínimo de governança política dessa globalização", assinalou. E lembrou que "não temos um sistema internacional de gestão de crises". "Globalização económica sim, mas com governança política razoável e institucionalizada."
O fim das certezas
Portas falou das certezas que os europeus tinham e se alteraram. "Mudou a certeza sobre a paz. Os europeus perceberam, depois da invasão da Ucrânia pela Rússia, que não há paz sem defesa." E lembrou que a ameaça está mais próxima, é mais perigosa e vem de alguém cujo racional é o das relações de forças. "A Europa percebeu que a sua porosidade estava assente na geopolítica da energia e na geopolítica da defesa."