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A dicotomia persiste: servir acionistas, stakeholders mas ao mesmo tempo incluir a comunidade e o País. Como se articulam estes diferentes fatores, sabendo agora que os resultados são relevantes para as empresas mas que as práticas sustentáveis são cada vez mais importantes para alcançar lucro? Vasco de Mello, presidente da Associação Business RoundTable Portugal, organização que agrega os 42 maiores grupos empresariais nacionais com mais peso na economia, não só em termos de riqueza criado como de emprego, admite que, hoje, o propósito da sustentabilidade das empresas é um elemento fundamental, até porque conseguem "atrair mais talento, melhores clientes e fornecedores".
Na Grande Conferência Sustentabilidade Negócios 20|30, Vasco de Mello mencionou que o tema da sustentabilidade, se no passado era algo "interessante" abordar, agora é "fundamental" e tem de estar incorporado na estratégia das empresas. "Um percurso que está a ser feito a grande velocidade", referiu o também presidente do Grupo Mello.
Esta mudança cultural já existe dentro das organizações, garante Vasco de Mello, e tem de ser alargada à sociedade em geral. É preciso olhar para as empresas "como um parceiro para o desenvolvimento na medida em que, muitas vezes, as vemos a serem discriminadas", defende. Algo que Vasco de Mello diz não fazer qualquer sentido, "na medida em que são as empresas que conseguem criar riqueza e desenvolvimento".
Aposta no crescimento
Aliás, o crescimento é "um tema absolutamente crítico", afirma, acrescentando que Portugal, nas últimas duas décadas, praticamente não cresceu.
"Quando comunicamos 1,8% de crescimento até 2027 isso é insuficiente. E outro aspeto que me parece bastante negativo é continuarmos a suportar esse crescimento essencialmente através de consumo público."
O líder da associação que junta as 42 maiores empresas nacionais frisou ainda que o crescimento é "crítico" e que instrumentos como o PRR e o PT2030 "deveriam ser transformadores". "Falta-nos um propósito de crescimento, porque só assim asseguramos um país mais justo, que consegue remunerar melhor."
O líder do Grupo Mello salientou que "há sinais de alerta muito fortes e não estamos a atuar com a urgência necessária. "Somos um dos países do mundo que tem mais população a viver no estrangeiro, que é maioritariamente jovem". "Todos os anos licenciamos 50 mil jovens e 20 mil vão para o exterior. Isto deveria levar-nos a alterar a forma de gerir Portugal".
Na Grande Conferência Sustentabilidade Negócios 20|30, Vasco de Mello mencionou que o tema da sustentabilidade, se no passado era algo "interessante" abordar, agora é "fundamental" e tem de estar incorporado na estratégia das empresas. "Um percurso que está a ser feito a grande velocidade", referiu o também presidente do Grupo Mello.
Esta mudança cultural já existe dentro das organizações, garante Vasco de Mello, e tem de ser alargada à sociedade em geral. É preciso olhar para as empresas "como um parceiro para o desenvolvimento na medida em que, muitas vezes, as vemos a serem discriminadas", defende. Algo que Vasco de Mello diz não fazer qualquer sentido, "na medida em que são as empresas que conseguem criar riqueza e desenvolvimento".
Aposta no crescimento
Aliás, o crescimento é "um tema absolutamente crítico", afirma, acrescentando que Portugal, nas últimas duas décadas, praticamente não cresceu.
Um dos principais problemas do Plano de Recuperação e Resiliência é que, infelizmente, tiraram do nome o tema do crescimento Vasco Mello
Presidente da Associação Business RoundTable Portugal
"Um dos principais aspetos [sobre o Programa de Estabilidade] é que, infelizmente, tiraram do nome o tema de crescimento. É só estabilidade e era importante que o crescimento também estivesse lá referido", atirou o empresário na Grande Conferência Negócios Sustentabilidade 20|30. Para Vasco Mello, a estabilização da dívida é relevante, mas "a ambição é fraca". Presidente da Associação Business RoundTable Portugal
"Quando comunicamos 1,8% de crescimento até 2027 isso é insuficiente. E outro aspeto que me parece bastante negativo é continuarmos a suportar esse crescimento essencialmente através de consumo público."
O líder da associação que junta as 42 maiores empresas nacionais frisou ainda que o crescimento é "crítico" e que instrumentos como o PRR e o PT2030 "deveriam ser transformadores". "Falta-nos um propósito de crescimento, porque só assim asseguramos um país mais justo, que consegue remunerar melhor."
O líder do Grupo Mello salientou que "há sinais de alerta muito fortes e não estamos a atuar com a urgência necessária. "Somos um dos países do mundo que tem mais população a viver no estrangeiro, que é maioritariamente jovem". "Todos os anos licenciamos 50 mil jovens e 20 mil vão para o exterior. Isto deveria levar-nos a alterar a forma de gerir Portugal".