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"No futuro, os carros andarão pela faixa da direita, não irão exceder os limites de velocidade. Agora, é importante que também o ser humano não desafie o que for desenvolvido ao tentar boicotar", afirmou Joaquim Fonseca da Bosch Car Multimedia Portugal durante o Tech Day, realizado Startup Braga e Bosch Portugal, no terceiro dia da Semana Económica de Braga, organizada pela InvestBraga.
Este foi o primeiro tech day promovido pelas duas organizações e serviu para debater o caminho que se pode fazer até às cidades do futuro ou cidades inteligentes com o apoio da inteligência artificial.
O ponto de partida para a conversa foi o carro do futuro, um projeto com o selo de garantia Bosch, que tem baseado a sua transformação industrial em Braga na mobilidade e que fez a apresentação da sua solução de mobilidade, que esta em exposição.
O debate girou em torno dos desafios para a implementação de viaturas de condução autónoma, o que poderá acontecer num horizonte de dez anos. Mas este tema coloca questões que têm a ver com a proteção e privacidade dos dados recolhidos e dos impactos que o desenvolvimento de dispositivos associados à inteligência artificial pode ter na área da sustentabilidade.
Humanos e as cidades inteligentes
"A Inteligência Artificial deve ser entendida como um parceiro, que ajuda a mecanizar processos, impedir desperdícios de tempo, mas deve ser utilizada de maneira segura", referiu Ernesto Pedrosa, co-fundador e CEO da Automaise, que foi fundada em 2017 e utiliza a inteligência artificial para que as empresas consigam dar melhores respostas aos clientes e vai além da resposta formatada utilizando o machine learning para as interações. Pertence à comunidade Startup Braga, tal como a UpValue de Tomás Vasconcelos, para quem "as cidades do futuro terão, obrigatoriamente, que conjugar a sustentabilidade com as soluções tecnológicas, sendo importante, para isso, envolver a sociedade".
Cientes de que a inteligência artificial irá trazer avanços reais na forma como a sociedade evolui, os oradores concordaram que a chave para o êxito de uma "cidade do futuro" será conseguida só com humanos que não queiram interferir na forma "pura" como tudo é construído, isto é, só se conseguirá se o Homem não tentar desvirtuar o que for desenvolvido.
"Falámos, durante esta hora, de muitas coisas sobre a inteligência artificial e todos acabamos por concordar que o maior desafio para a construção das cidades inteligentes é o ser humano", afirmou em forma de conclusão Andry Maykol Pinto, investigador do Centro de Robótica e Sistemas Autónomos (CRAS) no INESC TEC e professor na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
A Startup Braga, que é o hub de inovação da InvestBraga entre 2020-2022 lançou 46 startups, 29 startups incubadas, 9 incubadas e 23 pré-aceleradas, 4 exits, mais de 400 empregados e cerca de 300 milhões de investimento angariados, graças sobretudo ao unicórnio, Sword Health.