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A transformação digital é prioritária na banca tradicional

“Em média, um cliente digital usa os serviços mobile cerca de 30 vezes por mês, o que de facto mostra o potencial que temos para integrar serviços de parceiros e criar aqui novas fontes de proveitos”, exemplifica Maria José Campos.

20 de Outubro de 2020 às 15:00
Maria José Campos, administradora executiva do Millennium BCP
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A banca tem como matéria-prima a informação por isso tem uma longa história de aplicação da tecnologia, mas agora com os desafios que tem pela frente, pelos constrangimentos do seu modelo de negócio e as dimensões económicas, da nova competição e a forma como os ecossistemas digitais estão alavancados por novos players, é prioritária a sua transformação digital.

"Esta tem componentes de curto prazo porque, sendo instituições com investimentos muito grandes e de longa data na tecnologia, há um esforço de transformação e de introdução de novas tecnologias que é mais pesado do que começar com um página em branco", sublinha Maria José Campos, administradora executiva do Millennium bcp.

Nesta transformação observa três grandes oportunidades. A primeira é encontrar mais oportunidades para gerar proveitos dando mais valor aos clientes, a segunda passa pelo aumento da eficiência, que não significa apenas redução de custos mas também melhorias substanciais em termos de níveis de serviços, da qualidade e de risco, e a terceira vertente tem a ver com a capacidade de criar agilidade que permita detetar novas oportunidades e reagir a muito curto prazo.

"No campo dos produtos, hoje vemos que começam a ter componentes digitais que podem ser ativados através de interfaces mobiles. Lançamos um seguro com capacidade on/off há medida do que são as necessidades dos clientes", refere Maria José Campos. As parcerias ajudam a aumentar a proposta de valor feita aos clientes, até porque plataformas digitais bancárias estão muito desenvolvidas e são utilizadas com muita frequência pelos clientes. "Em média, um cliente digital usa os serviços mobile cerca de 30 vezes por mês, o que de facto mostra o potencial que temos para integrar serviços de parceiros e criar aqui novas fontes de proveitos", exemplifica Maria José Campos.

Robotização e IA

Referiu ainda a personalização em marketing que quando bem utilizada permite oferecer a cada cliente o que é importante em termos de oferta. "Muitas vezes não é só inventar mil e uma opções para o produto, é um tema de comunicação, por outro lado, não é um proveito de curto prazo, é um tema de relação de confiança que se estabelece com os clientes e os modelos de inteligência artificial em que estamos a investir de uma forma muito forte permitem fazer", explica Maria José Campos

A administradora do Millennium bcp falou ainda da robotização, desde a básica, com a eliminação de tarefas manuais e libertação de pessoas para tarefas de maior valor acrescentado, até à mais profunda, com as chamadas smart technologies, como as tecnologias de reconhecimento de caracteres, de processamento de linguagem natural e os modelos de deep learning, que aprendem com as decisões anteriores dos operadores, por exemplo, na validação dos documentos. "Permitem formalizar toda a parte contratual, que na banca tem um peso muito grande, de uma forma mais rápida, com muito menos custos e com um nível de serviço superior e de maior qualidade para o cliente", salienta Maria José Campos.

Durante a pandemia foi uma vantagem competitiva, "num curtíssimo espaço de tempo aplicámos à contratação das linhas covid-19 um processo em que o banco foi líder. Os bancos passaram de um momento para o outro a contratar milhares de créditos num dia contra algumas centenas que contratavam num mês", conclui Maria José Campos.


Prémio Nacional Sustentabilidade 20/30: inscrições até 1 de novembro de 2020

Prémio Negócios Sustentabilidade 20 | 30 tem por objetivos reconhecer, inspirar, promover e divulgar o trabalho e a atuação de empresas e organizações, de norte a sul do país, que se distingam nas diversas áreas relacionadas com a sustentabilidade, dando-lhes visibilidade e destaque. As candidaturas estão abertas até 1 de novembro de 2020.

Com um júri independente e do mais alto nível, vamos ajudar Portugal a tornar-se mais sustentável e a valorizar os melhores casos de sustentabilidade em Portugal. Aspiramos a mudar comportamentos e a incentivar formas de viver e trabalhar mais sustentáveis. Junte-se ao clube dos que se distinguem nas diferentes áreas da sustentabilidade: social, ambiental, e económica.

As sete categorias

O Prémio Negócios Sustentabilidade 20 | 30 cobre três grandes áreas da sustentabilidade: Social, Ambiental e Económica. Os prémios propostos encontram-se estruturados em sete categorias (Igualdade e Diversidade, Bem-estar e cidades sustentáveis, Descarbonização, Economia circular, Digital e IA, Finanças sustentáveis de Comunicação de Sustentabilidade) que terão critérios de elegibilidade estritos e um conjunto de regras para avaliação das candidaturas.

As duas categorias especiais, Personalidade e Resiliência e Resposta a Choques Disruptivos, não estão sujeitas a candidatura e os vencedores serão nomeados e escolhidos pelos membros do júri.

No prémio Personalidade, os membros de júri de cada uma das categorias terão a possibilidade de identificar, votar e eleger, a cada ano, uma Personalidade que se tenha destacado pela sua conduta e atuação em prol da sustentabilidade no âmbito social, ambiental e económico. Esta categoria é da inteira responsabilidade do Júri.

No prémio Resiliência e Resposta a Choques Disruptivos serão premiadas organizações que tenham demonstrado uma resiliência extrema ao choque externo provocado pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, bem como iniciativas e contributos de resposta em prol da sociedade. Serão valorizadas iniciativas, serviços ou produtos com elevado impacto em termos de entidades e cidadãos beneficiários.

Candidate-se até 1 de novembro de 2020
www.premionacionalsustentabilidade.negocios.pt
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