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O alerta é feito pela organização internacional World Wide Fund for Nature (WWF) e pela sua parceira portuguesa Associação Natureza Portugal (ANP), que hoje divulgam o relatório "O que sabemos e não sabemos sobre a mineração em mar profundo".
No documento, no qual se descrevem os possíveis impactos da mineração nos ecossistemas e na biodiversidade marinhas, as duas organizações afirmam que a mineração em mar profundo é "um desastre ambiental evitável", e pedem uma moratória global sobre mineração em mar profundo, até os riscos ambientais, sociais e económicos sejam compreendidos de forma abrangente.
No relatório as duas organizações salientam que a indústria planeia explorar os fundos oceânicos para extrair metais e minerais como cobalto, lítio e níquel, mas advertem que esse não pode ser o caminho.
"A indústria quer que pensemos que a mineração em mar profundo é necessária para satisfazer a procura de minerais que vão para as baterias de veículos elétricos e aparelhos eletrónicos que estão nos nossos bolsos. Mas não é assim", diz Jessica Battle, líder da iniciativa "No Deep Seabed Mining Initiative" da WWF.
O que é preciso, adianta, citada num comunicado, é "dirigir o foco para a inovação e para a procura de produtos e processos menos intensivos em recursos".
E os investidores devem, salienta, "procurar soluções inovadoras e a criar uma verdadeira economia circular que reduza a necessidade de extrair recursos finitos".
No relatório alerta-se que, dado o ritmo lento dos processos de extração em mar profundo, é pouco provável que os habitats destruídos recuperem numa escala temporal humana e salienta-se também que os ecossistemas marinhos estão ligados, e que muitas espécies são migratórias, pelo que "a mineração em mar profundo não pode ocorrer isoladamente, e as perturbações podem facilmente atravessar as fronteiras jurisdicionais".
Um dos efeitos negativos incidiria sobre a pesca global, diz o relatório, lembrando que o pescado é a principal fonte de proteínas de cerca de mil milhões de pessoas e a subsistência de cerca de 200 milhões de pessoas, "muitas delas em comunidades costeiras pobres".
Além de que o valor potencial da mineração em mar profundo é ínfimo comparado com a "mais valiosa economia oceânica sustentável".
"Antes de minerar e destruir os nossos fundos marinhos, o que irá degradar a saúde dos oceanos ao afetar espécies, perturbar áreas importantes para a biodiversidade e perturbar o funcionamento dos ecossistemas, precisamos de considerar a reciclagem dos materiais existentes, e de ser mais inteligentes na nossa produção e consumo. Apoiar a mineração em mar profundo como indústria iria contra o objetivo de transição para uma economia circular e contra os objetivos da Agenda 2030 das Nações Unidas", diz Catarina Grilo, diretora de Conservação e Política da ANP/WWF, também citada no comunicado.
O fundo do mar profundo é "um mundo repleto de vida" que exerce uma grande influência em todo o ecossistema oceânico e no clima, e a mineração, explica o relatório, destrói habitats através da remoção de sedimentos.
Na mineração serão usadas "ferramentas de corte e perfuração para quebrar e extrair os minerais", e processos de aspiração, tudo isto em águas que abaixo dos 3.000 metros são menos conhecidas e sobre as quais há pouco conhecimento ou experiência na gestão de impactos ambientais, alerta-se no documento.
No documento, no qual se descrevem os possíveis impactos da mineração nos ecossistemas e na biodiversidade marinhas, as duas organizações afirmam que a mineração em mar profundo é "um desastre ambiental evitável", e pedem uma moratória global sobre mineração em mar profundo, até os riscos ambientais, sociais e económicos sejam compreendidos de forma abrangente.
No relatório as duas organizações salientam que a indústria planeia explorar os fundos oceânicos para extrair metais e minerais como cobalto, lítio e níquel, mas advertem que esse não pode ser o caminho.
"A indústria quer que pensemos que a mineração em mar profundo é necessária para satisfazer a procura de minerais que vão para as baterias de veículos elétricos e aparelhos eletrónicos que estão nos nossos bolsos. Mas não é assim", diz Jessica Battle, líder da iniciativa "No Deep Seabed Mining Initiative" da WWF.
O que é preciso, adianta, citada num comunicado, é "dirigir o foco para a inovação e para a procura de produtos e processos menos intensivos em recursos".
E os investidores devem, salienta, "procurar soluções inovadoras e a criar uma verdadeira economia circular que reduza a necessidade de extrair recursos finitos".
No relatório alerta-se que, dado o ritmo lento dos processos de extração em mar profundo, é pouco provável que os habitats destruídos recuperem numa escala temporal humana e salienta-se também que os ecossistemas marinhos estão ligados, e que muitas espécies são migratórias, pelo que "a mineração em mar profundo não pode ocorrer isoladamente, e as perturbações podem facilmente atravessar as fronteiras jurisdicionais".
Um dos efeitos negativos incidiria sobre a pesca global, diz o relatório, lembrando que o pescado é a principal fonte de proteínas de cerca de mil milhões de pessoas e a subsistência de cerca de 200 milhões de pessoas, "muitas delas em comunidades costeiras pobres".
Além de que o valor potencial da mineração em mar profundo é ínfimo comparado com a "mais valiosa economia oceânica sustentável".
"Antes de minerar e destruir os nossos fundos marinhos, o que irá degradar a saúde dos oceanos ao afetar espécies, perturbar áreas importantes para a biodiversidade e perturbar o funcionamento dos ecossistemas, precisamos de considerar a reciclagem dos materiais existentes, e de ser mais inteligentes na nossa produção e consumo. Apoiar a mineração em mar profundo como indústria iria contra o objetivo de transição para uma economia circular e contra os objetivos da Agenda 2030 das Nações Unidas", diz Catarina Grilo, diretora de Conservação e Política da ANP/WWF, também citada no comunicado.
O fundo do mar profundo é "um mundo repleto de vida" que exerce uma grande influência em todo o ecossistema oceânico e no clima, e a mineração, explica o relatório, destrói habitats através da remoção de sedimentos.
Na mineração serão usadas "ferramentas de corte e perfuração para quebrar e extrair os minerais", e processos de aspiração, tudo isto em águas que abaixo dos 3.000 metros são menos conhecidas e sobre as quais há pouco conhecimento ou experiência na gestão de impactos ambientais, alerta-se no documento.