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Após uma primeira edição em 2019, o programa BlueTech Innovation está de volta, com candidaturas abertas para dois programas de inovação. Desenvolvidos pela consultora Beta-i com o Fórum Oceano, integram o Portugal Blue Digital Hub (PBDH), que nasceu da necessidade de fomentar a transformação verde e digital do ecossistema português.
O BlueTech divide-se em dois pilares estratégicos: BlueTech Innovation e BlueTech Accelerator. O BlueTech Innovation visa implementar projetos-piloto de tecnologias que já existem para dar resposta aos desafios reais do setor, através da inovação colaborativa entre as várias entidades.
Integrará uma abordagem setorial, regional e organizacional, ativando diferentes stakeholders, desde portos, organizações e empresas do setor, entre outros. Neste arranque, o BlueTech Innovation tem candidaturas abertas para dois programas, um com o Instituto Hidrográfico e outro com o Porto de Lisboa.
Já o BlueTech Accelerator vai ajudar a desenvolver soluções tecnológicas para desafios que já existem, mas que não têm qualquer resposta até à data.
O objetivo do programa com o Instituto Hidrográfico passa por se testar tecnologias como software avançado com recurso à inteligência artificial e à realidade aumentada, para melhorar a exatidão do posicionamento dos dispositivos móveis nas zonas marítimas navegáveis, a criação de uma aplicação que utilize as técnicas de visão por computador em ambientes onde o Sistema de Navegação por Satélite é limitado ou inválido, bem como software de processamento e consolidação de dados que facilitem a tomada de decisão.
Já o programa desenvolvido com o Porto de Lisboa procura dar resposta ao turismo náutico, com desafios nas áreas da gestão de resíduos e da poluição, de gestão da segurança do turismo marítimo, da comunicação para o turismo náutico e na simplificação da burocracia.
"O BlueTech alcançou resultados notáveis na sua primeira edição. Este ano queremos inovar ainda mais neste importante setor da economia azul e catalisar o enorme potencial de Portugal", afirma Ana Costa, diretora na Beta-i, acrescentando que o objetivo é promover a colaboração envolvendo várias entidades do setor "para garantir um maior impacto e inovação ao nível do ecossistema com soluções mais sustentáveis".
O programa vai abrir candidaturas ao longo do ano para dar resposta aos desafios de mais parceiros. O objetivo é contribuir para uma nova economia do mar, mais moderna e baseada em dados e avanços tecnológicos, tendo por base o compromisso com a sustentabilidade.
"No Fórum Oceano estamos cada vez mais empenhados em desenvolver uma nova economia azul através da inovação e do empreendedorismo, e acreditamos que estes programas de inovação aberta que estamos agora a lançar serão mais um passo importante nesse percurso de transformação verde e digital. A digitalização irá certamente abrir novas oportunidades de negócio", afirma Ruben Eiras, secretário-geral do Fórum Oceano.
Os programas têm as candidaturas abertas a startups sediadas em países da União Europeia ou na Noruega e com um protótipo pronto a testar até 2 de julho, no caso do programa com o Instituto Hidrográfico, e até 24 de julho, no projeto para o Porto de Lisboa. A última abertura de candidaturas está prevista para o final de 2025.