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As emissões da China de seis gases retentores de calor, que incluem dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, aumentaram para 14,09 mil milhões de toneladas de equivalente de CO2 em 2019, ultrapassando em cerca de 30 milhões de toneladas o total dos membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), segundo o grupo de pesquisa climática com sede em Nova Iorque.
O grande volume de gases emitidos pela China destaca a importância da iniciativa do presidente Xi Jinping de atingir o pico das emissões de carbono antes de 2030 e alcançar o chamado zero líquido em 2060.
A China foi responsável por 27% das emissões globais. Os EUA, segundo maior emissor, contribuíram com 11%, enquanto a Índia ultrapassou a União Europeia pela primeira vez, com cerca de 6,6% do total global.
Ainda assim, a China também tem a maior população do mundo, pelo que as suas emissões per capita continuam muito abaixo das dos EUA. Numa base histórica, os membros da OCDE ainda são os principais responsáveis pelo aquecimento global, tendo emitido quatro vezes mais gases de efeito de estufa na atmosfera do que a China desde 1750.
"O histórico da China como grande emissor é relativamente curto em comparação com os países desenvolvidos, muitos dos quais começaram mais de um século antes", disseram os investigadores. "O aquecimento global atual é o resultado de emissões do passado recente e do passado mais distante".