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André de Aragão Azevedo: “Não podemos pensar na transição climática sem ter uma lógica de incorporação tecnológica”

Num mundo a viver uma emergência climática, a transformação digital é essencial para se alcançar a ambicionada sociedade mais verde. Nesta dupla transição, Portugal está a traçar o seu caminho.

Negócios 14 de Outubro de 2021 às 21:25
André de Aragão Azevedo, secretário de Estado para a Transição Digital
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A aposta na capacitação digital das pessoas, com programas como o Upskill e o Emprego Mais Digital, e das empresas, com conceitos como o Digital Innovation Hubs ou as Zonas Livres Tecnológicas, estão a ser implementados em Portugal para alavancar o país na transição digital.

"A área da transição digital foi desde logo assumida como uma prioridade política, materializada na criação de uma secretaria de Estado. E depois materializou-se no nosso Plano de Ação para a Transição Digital, que aprovámos e apresentámos publicamente em março de 2020, e que pretendia ser o guião daquilo que são as várias dimensões da transição digital", referiu André de Aragão Azevedo, secretário de Estado para a Transição Digital, em entrevista ao Jornal de Negócios, no âmbito da talk ‘Transformação Digital em Sustentabilidade’, realizada a 14 de outubro.

Este Plano de Ação, prossegue, tem três grandes pilares: "Um tem a ver com a necessidade de eliminarmos o que ainda é um dos nossos deficits, a área das competências e das qualificações. Depois temos um segundo pilar que tem a ver com a necessidade de promovermos a transição digital do nosso tecido empresarial, sobretudo composto por pequenas e médias empresas. E naturalmente temos a área dos serviços públicos e da administração pública como terceiro pilar».

Uma transformação digital que anda de braço dado com a transição climática, como sublinha Aragão Azevedo: "Houve, desde o início, um assumir muito claro de que estas duas áreas tinham que ser prioritárias, com a noção de que há uma interdependência absoluta entre as duas. Não podemos pensar no processo de transição climática sem ter subjacente uma lógica de incorporação tecnológica".

Neste sentido, uma medida a destacar passa pelo apoio dado a startups que façam esta dupla transição. "No PRR considerámos especificamente um apoio a startups que desenvolvam projetos na área da dupla transição, portanto, verde e digital. E estamos a falar de 90 milhões de euros especificamente para apoio nesta dupla dimensão".

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