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A encriptação e o direito à privacidade

O problema da encriptação não se coloca apenas na alta finança. Na sequência do atentado terrorista em Westminster, o Governo britânico está a exigir o acesso às comunicações trocadas nestas aplicações e a União Europeia prepara novas regras.

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Os casos de manipulação dos mercados detectados nos últimos anos, desde a Libor ao mercado cambial, têm em comum o facto de os "traders" terem usado e-mail, salas de conversação online ou os "chats" dos terminais da Bloomberg ou da Reuters para combinarem preços. A reacção natural dos bancos e corretoras, alvo de multas milionárias, foi passar a usar sistemas de análises de dados para passar a pente fino todas as comunicações e filtrar eventuais esquemas.

 

Mas há sempre alternativas. E nem é preciso ser muito criativo, basta contar com a ajuda das novas tecnologias. Noticia a Bloomberg que o Whatsapp e o Signal tornaram-se as novas salas privadas de troca de segredos, com "traders" e clientes a tirarem partido da encriptação oferecida por estes serviços. Apesar dos esforços dos bancos, com a inclusão de cláusulas que proíbem a utilização destas apps, os "traders" contam à agência que elas são à mesma usadas.

 

O problema da encriptação não se coloca apenas na alta finança. Na sequência do atentado terrorista em Westminster, o Governo britânico está a exigir o acesso às comunicações trocadas nestas aplicações e a União Europeia prepara novas regras. Em nome do combate aos crimes de mercado ou ao terrorismo há um direito que todos vamos perdendo: o da privacidade.

 

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