Opinião
Vão os "copos e as mulheres" tramar Dijsselbloem?
Na sua campanha para se manter à frente do Eurogrupo até ao fim do mandato, cargo colocado em causa pelo desastroso resultado do partido trabalhista nas eleições holandesas, Jeroen Dijsselbloem resolveu dar uma entrevista a um jornal alemão.
Para demonstrar a sua fidelidade ao ministro alemão das Finanças decidiu às tantas colorir a exigência que é necessário ter com os países incumpridores usando a seguinte imagem: "Não se pode gastar o dinheiro em copos e mulheres e logo depois pedir ajuda." O Sul levantou-se.
As críticas não vieram apenas dos países do Sul. O alemão Manfred Weber, líder dos populares no Parlamento Europeu , dirigiu-se no Twitter directamente ao holandês: "A Zona Euro tem que ver com responsabilidade, solidariedade, mas também respeito. Não há lugar para estereótipos, Dijsselbloem." O presidente do Eurogrupo diz agora que não queria ofender ninguém. Custar-lhe-á o cargo? Só se Wolfgang Schäuble lhe falhar.
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