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Fernando Sobral - Jornalista fsobral@negocios.pt 15 de Fevereiro de 2017 às 09:40

A primeira peça do dominó caiu. Michael Flynn demitiu-se

É a primeira baixa na corte de Donald Trump: o conselheiro de Segurança Nacional demitiu-se. Porque ele não era seguro, como o Departamento de Justiça já tinha avisado Trump.

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Na verdade Michael Flynn tinha, em segredo, discutido as sanções com o embaixador russo em Washington, ainda antes de tomar posse. O que só vem demonstrar o caos reinante na Casa Branca. Trump não demitiu Flynn. Este demitiu-se depois de dizer que não tinha informado Mike Pence da natureza das suas conversas com o embaixador russo. No "Guardian", Richard Wolffe escreve: "Trump prometeu que seria um duro presidente em matérias de segurança nacional com a mais dura equipa. De facto um dos seus argumentos favoritos foi que não se podia confiar em Hillary Clinton em questões de segurança nacional porque, dizia ele, ela não era confiável com o seu email privado. (…) Porque é que Trump não fez a Flynn o que fazia aos concorrentes do seu 'reality show' televisivo, a sua única experiência real para o seu emprego actual? Porque é que não o despediu em vez de o deixar demitir-se?"

No "Independent", Robert Fisk compara Trump com os ditadores árabes: "Se Trump visitasse as ditaduras árabes que não estão em guerra sentir-se-ia em casa. Grande segurança, polícia fantástica, montes de tortura, eleições suspeitas e enormes projectos económicos que danificarão o ambiente e se revelarão inúteis. E se se juntar aos seus filhos Eric e Donald Junior na abertura do Trump International Golf Club no Dubai então Trump estaria mesmo no TrumpWorld. (…) Os potentados e reis e autocratas viciosos árabes deveriam ser convidados para Washington para a próxima reunião. Encontrariam uma atmosfera muito familiar. Para não referir o presidente". E, no "New York Times", Paul Krugman é claro: "Entretanto, quem é que manda? As crises acontecem e temos um vácuo intelectual no topo. Tenhamos medo, tenhamos muito medo".
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