Opinião
A ciência de ser bom a Ciências
Estamos num tempo em que a produção de conhecimento é um factor cada vez mais crucial na competitividade dos países.
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José Ferreira Gomes, que foi secretário de Estado do Ensino Superior no Governo anterior, considera no Observador que "seria anacrónico continuar a avaliar a saúde da ciência portuguesa apenas pelo número de artigos publicados. Este é um indicador inicial de actividade, mas nunca um objectivo. Infelizmente, no nosso caso, o indicador é bom, mas o objectivo está muito longe de atingido. Os nossos trabalhos têm ainda pouco impacto e há um enorme atraso na capacidade de valorizar o trabalho científico produzido." Para José Ferreira Gomes, "o retorno do investimento que o país tem feito na formação doutoral depende de criarmos condições para que a maioria dos novos doutores ponha o seu saber e competências a render no sector privado".
Maria de Lurdes Rodrigues tem uma visão diferente. "A exigência de que toda a ciência seja aplicada, útil e rendível, orientada apenas para resolver problemas das empresas, é uma armadilha que conduz ao dispêndio de recursos sem garantia de retorno científico ou económico."
António Coutinho escreveu este fim-de-semana no Expresso que "mais do que em outras áreas, a investigação científica e tecnológica exige políticas a médio e longo prazo, e não se compadece com 'novos rumos' a cada mudança de Governo, frequentemente ditados por razões ideológicas ou de pura politiquice". Nem a investigação científica, nem tudo o resto.
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