1. "CrackBerry" precisa mudar mais do que os executivos
Mudanças significativas na Research In Motion, a proprietária do segundo smartphone mais famoso do planeta. Mike Lazaridis e Jim Balsillie foram afastados da direção executiva da RIM, que partilhavam, sendo substituídos por Thorsten Heins - que já supervisionava os Blackberry a nível mundial. Lazaridis, que fundou a RIM em 1984, fica como vice-presidente. Significativas ainda porque se espera que estanquem, pelo menos temporariamente, a sangria financeira: a RIM perdeu 88% do seu valor em bolsa desde o pico atingido em Junho de 2008. Wall Street começou por não reagir muito bem, entendendo a mudança como "transitória" - o terceiro ponto significativo: a RIM tem de mudar mais do que as figuras de proa se quer enfrentar o iPad e recuperar quota nos smartphones. Tem um produto tão aditivo que é conhecido por "CrackBerry", mas a dependência não é só dos clientes: a empresa tornou-se refém desse sucesso.



2. SONY
O ano novo chinês foi um bom presságio para a Sony: com a bolsa de Tóquio estável, as suas ações subiram 4%, pois foram muito cobiçadas graças às notícias do seu possível interesse na aquisição de parte da Olympus (que subiu 8%). Esta está no meio de um escândalo fiscal que a levou a processar o seu presidente, Shuichi Takayama. Um semanário japonês noticiou que Howard Stringer, CEO da Sony, deu luz verde ao acordo. Aguarda-se a confirmação.



3. BARAJAS/EL PRAT
O governo espanhol renunciou à privatização dos aeroportos de Barajas, em Madrid, e El Prat, em Barcelona. Na base da decisão não está nenhuma inversão ideológica de Mariano Rajoy, mas sim sensatez: as crises nunca são bons momentos para vender. A ministra do Fomento, Ana Pastor, referiu que "não é o momento adequado para colocar no mercado ativos subvalorizados". E mandou a Aena estudar um novo modelo de negócio, aberto ao setor privado.




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