Opinião
O 24 da Islândia até à Albânia
De dois em dois anos há festival de bola. Ora o Mundial, ora o Euro. Há bandeiras por todo o lado. Respira-se o patriotismo como quase nunca. E desta vez, em muitos mais países.
São 24 as selecções em jogo, desde a Islândia até à Albânia, passando pela Irlanda do Norte, o País de Gales e a Eslováquia. Selecções que nunca tinham pisado tal palco. Mérito? Sim, na qualificação. Mas não só. Com tanto lugar para preencher era difícil não chegarem a Paris.
São jogos atrás de jogos, até não haver paciência para a fase de grupos. Da fase final do Euro espera-se a "nata" do futebol, não uma qualquer selecção que lá foi parar porque "tirou" bilhete. O resultado são autocarros frente à baliza para defender "o" ponto. Porquê?! É dinheiro. São mais receitas televisivas, mais patrocínios... à custa de um futebol mais pobre.
Só falta ajustar a hora dos jogos de acordo com a Ásia para animar as audiências. E um dia, quem sabe, qualificar também os yuans, perdão, a China para tentar ganhar o Euro.