Opinião
Irresponsabilidade total
Alberto João Jardim confessou que usou o endividamento para colmatar os cortes do governo PS às finanças da região
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Take 1 - Alberto João Jardim confessou que usou o endividamento para colmatar os cortes do governo PS às finanças da região: "Ou jogava a toalha ao chão ou aumentava a dívida da Madeira". Jardim disse ainda que preferiu "a derrapagem financeira para resistir à agressão socialista" e negociar com um governo PSD.
Take 2 - Santos Silva, ex-ministro da Defesa, disse que as promoções e progressões nas Forças Armadas estão congeladas desde 1 Janeiro, com a entrada em vigor do OE 2011. E que depois das eleições apenas sanou algumas irregularidades. Uma resposta ao "Expresso", que dizia que o ministro só travou promoções (sem cobertura da lei) a quatro dias da tomada de posse do novo Governo.
Portugal é isto: um país sem dinheiro para cumprir compromissos (por isso intervencionado) mas que, ainda assim, não consegue que o próprio Estado cumpra a lei. Jardim endividou-se para contornar a lei (a Troika tinha razão ao recomendar novo modelo de governance), que obrigava ao corte de verbas; Santos Silva "apenas" sanou quatro irregularidades. Fica por explicar o que aconteceu às restantes promoções na instituição militar, fora a contratação de mil efectivos sem base legal (casos relatados pela Imprensa que a tutela não desmentiu)…
Perante histórias tão pouco edificantes, como vai o Governo reagir? Se se encolher perante Jardim (se não puser a Madeira em dieta financeira rigorosa, como a do continente) e não responsabilizar os chefes militares que não cumpriram a lei, como poderá dizer ao país para apertar o cinto? Por outro lado, se os "lobbies" perceberem que o Estado não tem autoridade, amanhã são as autarquias, depois as universidades, depois os hospitais…
Take 2 - Santos Silva, ex-ministro da Defesa, disse que as promoções e progressões nas Forças Armadas estão congeladas desde 1 Janeiro, com a entrada em vigor do OE 2011. E que depois das eleições apenas sanou algumas irregularidades. Uma resposta ao "Expresso", que dizia que o ministro só travou promoções (sem cobertura da lei) a quatro dias da tomada de posse do novo Governo.
Perante histórias tão pouco edificantes, como vai o Governo reagir? Se se encolher perante Jardim (se não puser a Madeira em dieta financeira rigorosa, como a do continente) e não responsabilizar os chefes militares que não cumpriram a lei, como poderá dizer ao país para apertar o cinto? Por outro lado, se os "lobbies" perceberem que o Estado não tem autoridade, amanhã são as autarquias, depois as universidades, depois os hospitais…
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