Opinião
As cinco forças da disrupção Digital
E como os CFOs podem liderar a mudança
A experiência empresarial moderna assenta em cinco grandes pilares:
1: Escassez de talentos à escala mundial
70% dos diretores financeiros está preocupado com o capital humano. É cada vez mais difícil encontrar a pessoa certa, com as competências necessárias, no momento certo.
2: Ascensão dos robots
Os robots industriais, que custavam cerca de $1.5 milhões há cinco anos atrás, agora têm um custo de $10K. As vendas de robots na Ásia aumentaram 70% entre 2010 e 2015, de acordo com o World Robots Report. Neste mesmo período de tempo, as empresas americanas instalaram cerca de 135.000 robots industriais.
3: Impermanência mercado de trabalho
Segundo o World Economic Forum, até 2020 muitas das funções e perfis de emprego que existem hoje em dia irão desaparecer, sobretudo as tarefas repetitivas relacionadas com o trabalho físico. Assim, atualmente é um desafio recrutar pessoal para funções que, daqui a 5 anos, podem já nem existir.
4: Aumento exponencial das expectativas dos clientes
Na era das redes sociais, as empresas e os seus negócios estão sujeitos, como nunca estiveram antes, às expectativas dos clientes, sobretudo no que diz respeito à rapidez e à qualidade dos serviços.
5: Volatilidade dos modelos de negócio
Os fabricantes de produtos começaram a vender serviços, as empresas de hardware têm ofertas de conteúdos e até os jovens líderes empresariais da economia partilhada diversificam as suas ofertas. As empresas, independentemente do seu setor de atividade, precisam de infraestruturas para se adaptarem e poderem evoluir rapidamente.
Responder de forma imediata à mudança
As empresas, precisam ter as suas metas claramente definidas e estarem capacitadas com sistemas capazes de absorverem as surpresas que, inevitavelmente, irão surgir ao longo do percurso, para poderem gerir melhor a mudança.
A solução passa inevitavelmente pela cloud. Este novo paradigma tecnológico ajudará as empresas a tornarem as experiências de compra dos seus clientes mais fácies e mais rápidas e, ao mesmo tempo, a encurtarem substancialmente os prazos de realização de qualquer transação, convertendo em realidade a meta das 24h.
Começar pelo mais simples
A maioria das dificuldades que surgem nos processos de transformação digital, estão diretamente relacionadas com o facto das empresas passarem diretamente para a fase da inovação sem antes reexaminarem os seus principais processos.
Antes de acelerar ou/e automatizar é vital simplificar. É igualmente importante standardizar os processos, de modo a que eles sejam comuns a toda a organização - a consistência é tão importante para os empregados como para os clientes, e este é um dos principais fatores aceleradores da eficiência.
Planear até os imprevistos
Os modelos de negócio estabelecidos são continuamente desafiados pelos desenvolvimentos políticos inesperados e pelas disrupções constantes em todas as áreas. Num cenário onde a mudança passou a ser a única constante, as empresas têm que estar prontas para tudo e ser suficientemente flexíveis para alterar as suas estratégias.
Os CFOs estão ao leme da estratégia das suas empresas, navegando num mar de novos desafios e incertezas, ao mesmo tempo que têm que encontrar novas formas de fazer as coisas que sejam dez vezes melhores, mais rápidas e mais económicas.
Até 2020 o mundo empresarial irá passar por um teste decisivo. Este é contudo um caminho de oportunidades para aqueles que forem capazes de o fazer com sucesso. Assim, urge promover uma mudança estratégica que impulsione um planeamento mais flexível, porque uma coisa é adaptar sistemas e processos e outra, totalmente distinta, é transformar uma empresa para responder à mudança. Há que criar um roteiro de todos os cenários possíveis e estar preparado.
O futuro das empresas será determinado pela forma como os seus diretores financeiros as souberem ajudar a reagir e capitalizar a mudança em seu favor.