Opinião
O muro
A Bolsa portuguesa tem estado em recuperação, desde meados de Agosto, mas continua sem conseguir ultrapassar aquele que tem sido um autêntico muro para o PSI20
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A Bolsa portuguesa tem estado em recuperação, desde meados de Agosto, mas continua sem conseguir ultrapassar aquele que tem sido um autêntico muro para o PSI20 – a zona de resistência entre os 5000 e os 5060 pontos. Sempre que o principal índice português sobe e se aproxima desta zona, acaba por não ter forças para a ultrapassar, regressando às quedas.
Recordo que, durante algum tempo, identifiquei essa zona como o grande suporte da Bolsa portuguesa e, quando foi quebrada, o índice rapidamente se afundou e essa zona tornou-se uma importante resistência. Já os antigos e sábios manuais de análise técnica defendiam que uma resistência quebrada passa a nova resistência.
As últimas semanas têm trazido notícias boas e más para a Bolsa portuguesa. O facto do PSI estar a consolidar junto à zona de resistência permite-lhe estar em excelente situação técnica para a quebrar, sem estar "sobrecomprado". Por outro lado, os principais índices mundiais estão colados aos seus máximos históricos e nem assim isso tem empurrado a Bolsa portuguesa para cima da resistência, o que não é um bom augúrio.
Face a estes sinais contraditórios, não há que inventar. Claro que as decisões sobre o Brexit (escrevo-vos antes do voto no parlamento britânico sobre o acordo) irão ter influência nos mercados, mas isso estará reflectido nos gráficos. É necessário esperar pelo grande sinal de força que seria a ruptura consistente da zona de resistência entre os 5000 e os 5060 pontos. Enquanto isso não acontecer, há que respeitar o poder do muro da Bolsa portuguesa.
PSI-20 junto à zona de resistência
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