Uma vergonha
Deixar alastrar este lamaçal em que o País está mergulhado nada resolve, tudo agrava.
Deixar alastrar este lamaçal em que o País está mergulhado nada resolve, tudo agrava.
É hoje inequívoco que a política do Governo fracassou. No entanto, o primeiro-ministro e o seu mentor económico António Borges teimam na ideia de que a redução dos custos do trabalho é a via "extremamente inteligente" para ultrapassar a crise.
O recuo e a crise política dentro da coligação ditaram o fim deste Governo, que nenhuma remodelação poderá iludir.
Uma multidão impressionante de cidadãos deu voz à sua revolta contra a política de austeridade erigida em virtude única e suprema, e em particular contra a redução generalizada de salários resultante das pretendidas alterações na taxa social única, dizendo que já basta.
É tempo de os revoltados milhões de trabalhadores por conta de outrem e reformados deixarem de aceitar pacificamente o seu empobrecimento galopante e a ruína do País.
São resultados de molde a arrepiar qualquer cidadão com sensibilidade social mediana.
Conhecidas as previsões do Banco de Portugal sobre a balança comercial, apontando para um saldo praticamente nulo, e as estatísticas do comércio internacional nos primeiros cinco meses, houve parangonas sobre o "facto histórico" e o ministro da Economia vangloriou-se do que seria a confirmação do acerto da política governamental.