Opinião
A esquina do Rio
Tenho andado a reparar que, nas obras recentes promovidas pela autarquia, os projectistas da Câmara Municipal de Lisboa têm vindo a encolher os lugares de estacionamento para viaturas. c
Back to basics
Os verdadeiros líderes vivem vidas paradoxais, em que se vêem obrigados a quebrar regras para as poderem manter.
Beau Willimon, argumentista de "House Of Cards".
Tema
Tenho andado a reparar que, nas obras recentes promovidas pela autarquia, os projectistas da Câmara Municipal de Lisboa têm vindo a encolher os lugares de estacionamento para viaturas. Ao princípio achei que se tratava de um corolário natural da perseguição ao automóvel que se tornou na linha política de Medina & Salgado, mas depois percebi que é certamente fruto de insuficiente informação de quem desenha e projecta. No Largo do Casal Vistoso, ao Areeiro, foi feita uma recente intervenção camarária que, como noutros locais, se caracteriza por deixar obras inacabadas durante semanas, provocando desconforto a quem anda a pé nos passeios. Mas ali há também bons exemplos da forma como se desenham os estacionamentos por forma a tornar o dia-a-dia das pessoas uma gincana. Noutros locais, como nas laterais da Avenida da República, e nalgumas artérias de Campolide, é a mesma coisa: os lugares antigos foram reformulados e agora são mais acanhados. Depois de muito pensar, acho que encontrei uma explicação: como os projectistas da Câmara desenham tudo sem sair dos gabinetes e ir estudar os locais, e sem ter em conta a evolução das máquinas, fizeram lugares mais pequenos. Porquê? Alguém lhe deu como norma o tamanho dos Fiat 500 clássicos. E os projectistas e quem os superintende não repararam que até os Fiat 500 cresceram, nomeadamente quando a viatura tomou os célebres comprimidos azuis e ficou mais volumosa, como um bem conseguido spot publicitário da marca italiana mostrou há alguns anos.
Dixit
A verdadeira obra de arte do primeiro-ministro foi ter conseguido desvincular-se, ele e os seus ministros, do governo de Sócrates.
António Barreto
Semanada
• As reservas de férias no estrangeiro cresceram 10% este ano; 75% das multas por falta de bilhete em transportes públicos foram perdoadas pelo Governo • em Portugal, são apreendidos 1.262 medicamentos falsificados por dia; Portugal é o segundo maior exportador de vinho para o Brasil, logo a seguir ao Chile • as exportações de vinho cresceram 8% no primeiro trimestre deste ano, em boa parte devido à recuperação de vendas para Angola • Portugal é o país da União Europeia que mais bicicletas exporta, 15% do total ou 1,6 milhões de velocípedes em números redondos • as exportações de cerâmica subiram 20% em quatro anos; Portugal tem um consumo efectivo por habitante de 82%, abaixo da média da União Europeia (UE 100%), estando o Luxemburgo no topo da lista (132%) e a Bulgária no fundo (53%) • um estudo divulgado esta semana indica que a maioria dos jovens começa a ter telemóvel aos dez anos de idade e, a partir dos 13/14 anos, os dispositivos são praticamente regra entre os adolescentes • os jovens entre 15 e 18 anos chegam a enviar 200 mensagens por dia • o número de mulheres reclusas está a crescer há oito anos e actualmente estão 869 detidas, existindo 37 crianças que vivem com as mães em estabelecimentos prisionais.
Ver
A obra que aqui está reproduzida chama-se "L'Homme Qui Marche" e foi feita pelo escultor suíço Alberto Giacometti em 1960, numa série de seis exemplares. Foi a primeira escultura a ultrapassar a fasquia dos cem milhões de dólares num leilão, em 2010 e Giacometti foi um dos primeiros escultores a atingir valores próximos de quadros de pintores célebres. Até 10 de Setembro, a Tate Modern, de Londres, apresenta uma retrospectiva da sua obra. Curiosamente, Giacometti, que esteve presente na Bienal de Veneza em 1956, é este ano o artista homenageado no pavilhão da Suíça na mesma bienal. E, mais para o fim do ano, em Paris, abrirá ao público o Institut Giacometti, obra da sua Fundação, que tem preservado e gerido o legado do artista. Cinco décadas depois da morte de Giacometti, ele volta a estar na ribalta - graças à exposição da Tate (que no próximo ano irá para o Guggenheim de Nova Iorque), ao trabalho desenvolvido pela fundação, aos leilões onde proximamente vão aparecer peças suas e ao filme "The Final Portrait", de Stanley Tucci, que estreia em Basel. Já que estamos a falar de exposições por esse mundo, vale a pena deixar aqui nota que no MoMA de Nova Iorque, até 1 de Outubro, está uma retrospectiva dos arquivos do arquitecto Frank Lloyd Wright, para assinalar 150 anos do seu nascimento. Finalmente, e para regressarmos ao nosso pequeno rectângulo, até 1 de Outubro, nos jardins do Museu Nacional de Arte Antiga, está "O Jardim das Tentações", uma curiosa mostra do trabalho da ceramista portuguesa Bela Silva, que se inspirou em diversas obras do acervo do museu.
Gosto
Da nova série de "Twin Peaks", de David Lynch.
Não gosto
Edificações de uma cidade romana do século II, à beira da Ria Formosa, foram reduzidas a cacos para construir uma casa particular com o beneplácito da Câmara de Tavira.
Folhear
Editado em França no final do ano passado, com o provocador título de "O negacionismo económico - e como combatê-lo" , este livro criou enorme polémica em torno dos seus autores, os economistas Pierre Cahuc e André Zylberberg. Os dois autores acusam uma parte importante dos seus confrades de fomentarem o obscurantismo e de se recusarem a analisar a realidade económica com base em dados científicos. Para os autores, a economia tornou-se uma ciência experimental e existem métodos de análise para saber se a desregulação financeira favorece o crescimento, se o custo do trabalho tem consequências no emprego, se a despesa pública relança a actividade económica ou se a subida de impostos a diminui. Os autores defendem que a posição dos que se recusam a analisar cientificamente o que acontece no mundo da economia está a fomentar um negacionismo que, dizem, corrói todas a disciplinas - a história, a biologia, a física ou a climatologia. E dizem que a economia "é sem dúvida a disciplina que se vê confrontada com o negacionismo mais virulento". O livro foi acusado de partir de uma visão ideológica, de querer aplicar o método experimental em circunstâncias em que não deve ser usado. A polémica foi grande, ainda dura e os dois autores de "O negacionismo económico" defendem que "a abordagem científica é indispensável para contrariar qualquer tentativa de transformação de uma mentira em verdade". Terminam o livro enumerando exemplos do que consideram "efeitos nefastos dos negacionistas - desde a semana de 32 horas ao encerramento de fronteiras e a cessação da emigração, passando pela descida dos impostos ou o aumento da despesa pública". O livro foi editado em Portugal pela Guerra & Paz e promete criar por cá também uma boa dose de polémica.
Arco da velha
Donald Trump cancelou uma anunciada visita oficial ao Reino Unido, a convite de Theresa May, até sentir mais apoio do público e por considerar previsível que tenha protestos de rua em Londres.
Ouvir
Nas minhas explorações pelo Spotify, encontrei este disco, editado no Outono do ano passado, "Country For Old Men", do guitarrista John Scofield. Ao contrário daquilo que o nome indica, não é uma lamechice para idosos, trata-se de uma brincadeira de Scofield em cima do filme "No Country For Old Men", dos irmãos Coen. John Scofield tocou ao lado de nomes como Miles Davis, Charles Mingus, Pat Metheny e Bill Frisell, para citar só alguns. Agora, com 65 anos, revisita temas clássicos daquilo que são os seus géneros preferidos - blues, country e folk. A seu lado estão o baixista Steve Swallow, o baterista Bill Stewart e o teclista Larry Goldings - e vale a pena dizer que este é um disco invulgarmente conseguido do ponto de vista da qualidade da execução e da gravação. A primeira grande surpresa acontece na segunda faixa com uma versão, totalmente inesperada, de "I Am So Lonesome I Could Cry", um original de Hank Williams, aqui completamente subvertido pelos solos de guitarra. "Bartender Blues", de James Taylor, é tocado como uma balada, de forma delicada e sentida. Entre as 12 canções do disco, outros destaques vão para "Mama Tried" de Merle Haggard, para os tradicionais "Wayfairing Stranger" e "Red River Valley", para as versões de "Jolene", uma das grandes canções de Dolly Parton, e "You're Still The One" de Shania Twain. E o disco termina com a brevíssima despedida, tocada em ukulele, de um segmento de "I'm An Old Cowhand", de Johnny Mercer. CD Impulse, no Spotify.
Provar
De repente, um jantar para cozinhar. Que fazer? Quer-se uma coisa leve, mas saborosa, tenra mas sem ser insípida. O que me vem logo à cabeça é fazer uns peitos de frango no forno, bem temperados, acompanhados de arroz solto e eventualmente uma salada - nesta época, desejavelmente de agrião com rabanetes. O segredo para o tempero reside em farinha de mostarda, vinho branco e mel. A Colman's é uma marca inglesa com mais de 200 anos, que se dedica a fazer farinha de mostarda, deliciosa, obviamente picante, e que se pode encontrar no El Corte Inglés ou na Amazon. Teoricamente, deve pegar-se numa quantidade de farinha de mostarda e misturar com igual quantidade de água para obter uma pasta de mostarda que é melhor que qualquer um dos preparados já feitos que se podem encontrar por aí. Mas, para esta receita, proponho uma variante: misturar duas colheres e meia de sopa de farinha de mostarda Colman's com dois decilitros de vinho branco seco e fazer o molho que acompanhará os peitos de frango ao forno. Os ditos peitos de frango não devem ser daqueles enormes, é preferível escolher os de tamanho médio, temperá-los bem, de ambos os lados, com limão, um pouco de alho e sal. No fim, colocam-se na travessa onde antes já se deitou o molho de mostarda. E, para finalizar, deita-se em cada um dos peitos de frango uma colher de sopa de mel e, por cima, polvilha-se com um pouco de Colman's em pó, espalhada sobre o mel. Vai ao forno a 180º durante cerca de 20 minutos e, no fim, liga-se o grill cinco minutos só para tostar um pouco. E pronto.
Os verdadeiros líderes vivem vidas paradoxais, em que se vêem obrigados a quebrar regras para as poderem manter.
Beau Willimon, argumentista de "House Of Cards".
Tema
Tenho andado a reparar que, nas obras recentes promovidas pela autarquia, os projectistas da Câmara Municipal de Lisboa têm vindo a encolher os lugares de estacionamento para viaturas. Ao princípio achei que se tratava de um corolário natural da perseguição ao automóvel que se tornou na linha política de Medina & Salgado, mas depois percebi que é certamente fruto de insuficiente informação de quem desenha e projecta. No Largo do Casal Vistoso, ao Areeiro, foi feita uma recente intervenção camarária que, como noutros locais, se caracteriza por deixar obras inacabadas durante semanas, provocando desconforto a quem anda a pé nos passeios. Mas ali há também bons exemplos da forma como se desenham os estacionamentos por forma a tornar o dia-a-dia das pessoas uma gincana. Noutros locais, como nas laterais da Avenida da República, e nalgumas artérias de Campolide, é a mesma coisa: os lugares antigos foram reformulados e agora são mais acanhados. Depois de muito pensar, acho que encontrei uma explicação: como os projectistas da Câmara desenham tudo sem sair dos gabinetes e ir estudar os locais, e sem ter em conta a evolução das máquinas, fizeram lugares mais pequenos. Porquê? Alguém lhe deu como norma o tamanho dos Fiat 500 clássicos. E os projectistas e quem os superintende não repararam que até os Fiat 500 cresceram, nomeadamente quando a viatura tomou os célebres comprimidos azuis e ficou mais volumosa, como um bem conseguido spot publicitário da marca italiana mostrou há alguns anos.
A verdadeira obra de arte do primeiro-ministro foi ter conseguido desvincular-se, ele e os seus ministros, do governo de Sócrates.
António Barreto
Semanada
• As reservas de férias no estrangeiro cresceram 10% este ano; 75% das multas por falta de bilhete em transportes públicos foram perdoadas pelo Governo • em Portugal, são apreendidos 1.262 medicamentos falsificados por dia; Portugal é o segundo maior exportador de vinho para o Brasil, logo a seguir ao Chile • as exportações de vinho cresceram 8% no primeiro trimestre deste ano, em boa parte devido à recuperação de vendas para Angola • Portugal é o país da União Europeia que mais bicicletas exporta, 15% do total ou 1,6 milhões de velocípedes em números redondos • as exportações de cerâmica subiram 20% em quatro anos; Portugal tem um consumo efectivo por habitante de 82%, abaixo da média da União Europeia (UE 100%), estando o Luxemburgo no topo da lista (132%) e a Bulgária no fundo (53%) • um estudo divulgado esta semana indica que a maioria dos jovens começa a ter telemóvel aos dez anos de idade e, a partir dos 13/14 anos, os dispositivos são praticamente regra entre os adolescentes • os jovens entre 15 e 18 anos chegam a enviar 200 mensagens por dia • o número de mulheres reclusas está a crescer há oito anos e actualmente estão 869 detidas, existindo 37 crianças que vivem com as mães em estabelecimentos prisionais.
Ver
A obra que aqui está reproduzida chama-se "L'Homme Qui Marche" e foi feita pelo escultor suíço Alberto Giacometti em 1960, numa série de seis exemplares. Foi a primeira escultura a ultrapassar a fasquia dos cem milhões de dólares num leilão, em 2010 e Giacometti foi um dos primeiros escultores a atingir valores próximos de quadros de pintores célebres. Até 10 de Setembro, a Tate Modern, de Londres, apresenta uma retrospectiva da sua obra. Curiosamente, Giacometti, que esteve presente na Bienal de Veneza em 1956, é este ano o artista homenageado no pavilhão da Suíça na mesma bienal. E, mais para o fim do ano, em Paris, abrirá ao público o Institut Giacometti, obra da sua Fundação, que tem preservado e gerido o legado do artista. Cinco décadas depois da morte de Giacometti, ele volta a estar na ribalta - graças à exposição da Tate (que no próximo ano irá para o Guggenheim de Nova Iorque), ao trabalho desenvolvido pela fundação, aos leilões onde proximamente vão aparecer peças suas e ao filme "The Final Portrait", de Stanley Tucci, que estreia em Basel. Já que estamos a falar de exposições por esse mundo, vale a pena deixar aqui nota que no MoMA de Nova Iorque, até 1 de Outubro, está uma retrospectiva dos arquivos do arquitecto Frank Lloyd Wright, para assinalar 150 anos do seu nascimento. Finalmente, e para regressarmos ao nosso pequeno rectângulo, até 1 de Outubro, nos jardins do Museu Nacional de Arte Antiga, está "O Jardim das Tentações", uma curiosa mostra do trabalho da ceramista portuguesa Bela Silva, que se inspirou em diversas obras do acervo do museu.
Gosto
Da nova série de "Twin Peaks", de David Lynch.
Não gosto
Edificações de uma cidade romana do século II, à beira da Ria Formosa, foram reduzidas a cacos para construir uma casa particular com o beneplácito da Câmara de Tavira.
Folhear
Editado em França no final do ano passado, com o provocador título de "O negacionismo económico - e como combatê-lo" , este livro criou enorme polémica em torno dos seus autores, os economistas Pierre Cahuc e André Zylberberg. Os dois autores acusam uma parte importante dos seus confrades de fomentarem o obscurantismo e de se recusarem a analisar a realidade económica com base em dados científicos. Para os autores, a economia tornou-se uma ciência experimental e existem métodos de análise para saber se a desregulação financeira favorece o crescimento, se o custo do trabalho tem consequências no emprego, se a despesa pública relança a actividade económica ou se a subida de impostos a diminui. Os autores defendem que a posição dos que se recusam a analisar cientificamente o que acontece no mundo da economia está a fomentar um negacionismo que, dizem, corrói todas a disciplinas - a história, a biologia, a física ou a climatologia. E dizem que a economia "é sem dúvida a disciplina que se vê confrontada com o negacionismo mais virulento". O livro foi acusado de partir de uma visão ideológica, de querer aplicar o método experimental em circunstâncias em que não deve ser usado. A polémica foi grande, ainda dura e os dois autores de "O negacionismo económico" defendem que "a abordagem científica é indispensável para contrariar qualquer tentativa de transformação de uma mentira em verdade". Terminam o livro enumerando exemplos do que consideram "efeitos nefastos dos negacionistas - desde a semana de 32 horas ao encerramento de fronteiras e a cessação da emigração, passando pela descida dos impostos ou o aumento da despesa pública". O livro foi editado em Portugal pela Guerra & Paz e promete criar por cá também uma boa dose de polémica.
Arco da velha
Donald Trump cancelou uma anunciada visita oficial ao Reino Unido, a convite de Theresa May, até sentir mais apoio do público e por considerar previsível que tenha protestos de rua em Londres.
Ouvir
Nas minhas explorações pelo Spotify, encontrei este disco, editado no Outono do ano passado, "Country For Old Men", do guitarrista John Scofield. Ao contrário daquilo que o nome indica, não é uma lamechice para idosos, trata-se de uma brincadeira de Scofield em cima do filme "No Country For Old Men", dos irmãos Coen. John Scofield tocou ao lado de nomes como Miles Davis, Charles Mingus, Pat Metheny e Bill Frisell, para citar só alguns. Agora, com 65 anos, revisita temas clássicos daquilo que são os seus géneros preferidos - blues, country e folk. A seu lado estão o baixista Steve Swallow, o baterista Bill Stewart e o teclista Larry Goldings - e vale a pena dizer que este é um disco invulgarmente conseguido do ponto de vista da qualidade da execução e da gravação. A primeira grande surpresa acontece na segunda faixa com uma versão, totalmente inesperada, de "I Am So Lonesome I Could Cry", um original de Hank Williams, aqui completamente subvertido pelos solos de guitarra. "Bartender Blues", de James Taylor, é tocado como uma balada, de forma delicada e sentida. Entre as 12 canções do disco, outros destaques vão para "Mama Tried" de Merle Haggard, para os tradicionais "Wayfairing Stranger" e "Red River Valley", para as versões de "Jolene", uma das grandes canções de Dolly Parton, e "You're Still The One" de Shania Twain. E o disco termina com a brevíssima despedida, tocada em ukulele, de um segmento de "I'm An Old Cowhand", de Johnny Mercer. CD Impulse, no Spotify.
Provar
De repente, um jantar para cozinhar. Que fazer? Quer-se uma coisa leve, mas saborosa, tenra mas sem ser insípida. O que me vem logo à cabeça é fazer uns peitos de frango no forno, bem temperados, acompanhados de arroz solto e eventualmente uma salada - nesta época, desejavelmente de agrião com rabanetes. O segredo para o tempero reside em farinha de mostarda, vinho branco e mel. A Colman's é uma marca inglesa com mais de 200 anos, que se dedica a fazer farinha de mostarda, deliciosa, obviamente picante, e que se pode encontrar no El Corte Inglés ou na Amazon. Teoricamente, deve pegar-se numa quantidade de farinha de mostarda e misturar com igual quantidade de água para obter uma pasta de mostarda que é melhor que qualquer um dos preparados já feitos que se podem encontrar por aí. Mas, para esta receita, proponho uma variante: misturar duas colheres e meia de sopa de farinha de mostarda Colman's com dois decilitros de vinho branco seco e fazer o molho que acompanhará os peitos de frango ao forno. Os ditos peitos de frango não devem ser daqueles enormes, é preferível escolher os de tamanho médio, temperá-los bem, de ambos os lados, com limão, um pouco de alho e sal. No fim, colocam-se na travessa onde antes já se deitou o molho de mostarda. E, para finalizar, deita-se em cada um dos peitos de frango uma colher de sopa de mel e, por cima, polvilha-se com um pouco de Colman's em pó, espalhada sobre o mel. Vai ao forno a 180º durante cerca de 20 minutos e, no fim, liga-se o grill cinco minutos só para tostar um pouco. E pronto.
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