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11 de Abril de 2018 às 18:30

O Centeno é de direita?

O país e, neste caso, os socialistas terão sempre o Centeno que merecem, sejam chamados de Ernâni Lopes, Vítor Gaspar ou qualquer outro. Que boas seriam as nossas vidas sem ministros das Finanças.

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A FRASE...

 

"Sobre a corrupção - e a inquestionável superioridade moral da esquerda."

 

Luís Rosa, Observador, 9 de Abril de 2018

 

A ANÁLISE...

 

Porque será que a direita e o centro-direita se preocupam com a esquerda e porque se fazem artigos para explicar que as políticas aplicadas pela direita dariam uma convulsão social, e executadas pela esquerda geram uma mansidão inesperada dos agentes públicos e privados? Sugiro que a direita não perca tempo com a esquerda. O politicamente correto é não falar de direita, dizem os especialistas em eleições. Assim seja. Chamemos-lhe de novos progressistas que são o que são, quando a América conservadora de Kristol lhe chamou de neoconservadores.

 

São aqueles que não querem o "Great Society" ou Estado dominado por corporações sindicais e/ou empresariais; são os que preferem os erros de mercado às inteligências e burocracias estatais que enterram o país em dívidas por gerações, são os que preferem seguir alguns valores básicos em vez de "lifestyles" importados, mas arredados da cultura portuguesa; são os que querem eliminar as desigualdades, mas não querem a igualdade, incluindo o direito de ser desigual, preferindo sempre a liberdade do indivíduo à força dominante dos impostos, taxas e regulamentos, pressão mediática do Ministério Público e/ou dos seus agentes, e dos órgãos e serviços de vigia permanente das nossas vidas, sob a capa da esfera estatal de proteção do "bem comum".

 

Quem vive mal com a sua identidade mais cedo do que tarde acabrunha-se perante a realidade, e precisará de terapia psiquiátrica. O momento agora é de as esquerdas se digladiarem sobre o seu Estado social falido, em prejuízo dos portugueses. Fiquemos a assistir serenamente, pois o poder irá cair nas mãos dos novos progressistas perante a irreversibilidade da realidade. O país, e neste caso, os socialistas terão sempre o Centeno que merecem, sejam chamados de Ernâni Lopes, Vítor Gaspar ou qualquer outro. Que boas seriam as nossas vidas sem ministros das Finanças.

 

Artigo está em conformidade com o novo Acordo Ortográfico

 

Este artigo de opinião integra A Mão Visível - Observações sobre as consequências directas e indirectas das políticas para todos os sectores da sociedade e dos efeitos a médio e longo prazo por oposição às realizadas sobre os efeitos imediatos e dirigidas apenas para certos grupos da sociedade.

maovisivel@gmail.com

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