[773.] Master Copper
Se, por exemplo, um banco mostrar uma família feliz abrindo conta na instituição, o anúncio não mente, porque se trata do exagero onírico ou ficcional.
Se, por exemplo, um banco mostrar uma família feliz abrindo conta na instituição, o anúncio não mente, porque se trata do exagero onírico ou ficcional.
No anúncio teria de haver um "happy end": ei-la chegando à passadeira vermelha e, triunfante, virando-se para uma multidão fora de campo, de que apenas se ouve a gritaria de aprovação.
Costumam dizer que é para "melhorar", tirar borbulhas, etc., mas muitas vezes acabam por desfigurar seres humanos, como fizeram aqui de Sara Sampaio uma mulher vulgar e semelhante a tantas outras desfiguradas.
Que bom ver e apreciar bons anúncios! É o caso da campanha "detalhes" dos vinhos Aveleda. Certo, destacar pormenores numa campanha publicitária não é novidade, mas nem todas as marcas podem fazê-lo.
Títulos duns cartazes de BMW nas ruas: "Criaram o stop para o admirarmos." Em baixo, a foto do carro. No mesmo esquema, outro diz: "A razão de existir a faixa da esquerda."
Há hoje muita publicidade que posso caracterizar como juvenil, não pelo público-alvo, mas pela autoria. Vejo os anúncios e parecem-me feitos por rapazes e raparigas pós-adolescentes, acabados de sair dos cursos de Marketing e Publicidade.
A expressão "fome de bola" é comum. Compreende-se que a publicidade fosse buscá-la. Mais difícil é perceber que a fosse buscar tanto.
As redes digitais permitiram o renascer em novos moldes de uma forma simpática de reclames, os anúncios de ocasião. É a publicidade light. Simples, humildes e baratos, são light em tudo.