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Qual é o balanço que faz da actividade seguradora no ano passado?
O último ano foi, sem dúvida, desafiante para a gestão seguradora, dado os novos enquadramentos legais e de mercado. Apostámos na diferenciação tanto ao nível da oferta de produtos e serviços como na gestão do cliente e da sua relação e proximidade com a marca. Este esforço foi reconhecido pelo mercado e pelos nossos clientes, que permitiu um crescimento de 10% da nossa facturação, superando os 200 milhões de euros.
Quais são as perspectivas para 2015 em termos de constrangimentos e de oportunidades?
A implementação das regras de Solvência II vai estar no centro dos acontecimentos do sector em 2015, pois coloca novos desafios às companhias, mas também é geradora de oportunidades. A necessidade das seguradoras reforçarem os seus níveis de rentabilidade e solvabilidade, bem como as novas metodologias de risco cada vez mais individualizado, vão contribuir para um ajustamento dos preços, em especial nos ramos automóvel e de acidentes de trabalho. Neste último deve-se assistir a uma subida média dos preços de 30% a 40%. Neste cenário, a Generali encontra-se numa situação privilegiada, pois a sua forte solidez e elevada solvabilidade permite minimizar os impactos nos seus clientes e disponibilizar soluções inovadoras que reduzem o risco.
Qual é a análise que faz da entrada de novos actores no sector?
A entrada de novos accionistas em companhias seguradoras em Portugal vem sinalizar que este é um mercado atractivo e com potencial. Pelo seu perfil, e tendo em conta a novo enquadramento regulamentar, será expectável um maior foco na rentabilidade, o que pode facilitar o processo de ajustamento que o sector vai ter de realizar com Solvência II.
Como está a empresa a enfrentar os desafios na regulação e na supervisão?
A Generali tem estado num processo de adaptação aos desafios regulatórios que se iniciou há dez anos. Tem sido um caminho bastante árduo, sobretudo devido à abrangência dos requisitos do regime.