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Santi Cianci: "Nova regras vão provocar ajustamento de preços"

Para Santi Cianci, CEO da Generali em Portugal, "a implementação das regras de Solvência II vai estar no centro dos acontecimentos do sector em 2015".

11 de Fevereiro de 2015 às 10:08
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Qual é o balanço que faz da actividade seguradora no ano passado?

O último ano foi, sem dúvida, desafiante para a gestão seguradora, dado os novos enquadramentos legais e de mercado. Apostámos na diferenciação tanto ao nível da oferta de produtos e serviços como na gestão do cliente e da sua relação e proximidade com a marca. Este esforço foi reconhecido pelo mercado e pelos nossos clientes, que permitiu um crescimento de 10% da nossa facturação, superando os 200 milhões de euros.


Quais são as perspectivas para 2015 em termos de constrangimentos e de oportunidades?
A implementação das regras de Solvência II vai estar no centro dos acontecimentos do sector em 2015, pois coloca novos desafios às companhias, mas também é geradora de oportunidades. A necessidade das seguradoras reforçarem os seus níveis de rentabilidade e solvabilidade, bem como as novas metodologias de risco cada vez mais individualizado, vão contribuir para um ajustamento dos preços, em especial nos ramos automóvel e de acidentes de trabalho. Neste último deve-se assistir a uma subida média dos preços de 30% a 40%. Neste cenário, a Generali encontra-se numa situação privilegiada, pois a sua forte solidez e elevada solvabilidade permite minimizar os impactos nos seus clientes e disponibilizar soluções inovadoras que reduzem o risco.


Qual é a análise que faz da entrada de novos actores no sector?
A entrada de novos accionistas em companhias seguradoras em Portugal vem sinalizar que este é um mercado atractivo e com potencial. Pelo seu perfil, e tendo em conta a novo enquadramento regulamentar, será expectável um maior foco na rentabilidade, o que pode facilitar o processo de ajustamento que o sector vai ter de realizar com Solvência II.


Como está a empresa a enfrentar os desafios na regulação e na supervisão?
A Generali tem estado num processo de adaptação aos desafios regulatórios que se iniciou há dez anos. Tem sido um caminho bastante árduo, sobretudo devido à abrangência dos requisitos do regime. 

 

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