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Um estudo de consultora Cellent mostra que a covid-19 pôs as pessoas a pensarem mais sobre o seguro de vida. Constataram que as pesquisas da Google de março a maio de 2020, em comparação com igual período de 2019, subiram 50%. "O que é interessante é que ao mesmo tempo que as pessoas procuram fazer este seguro têm dificuldades em fazê-lo porque no passado havia os exames, o contacto, tudo o que implicava fazer um seguro neste momento não era possível fazer", disse Marco Perestrelo, CTO da i2S.
O desafio da digitalização sempre foi do interesse do setor segurador, sempre se investiu mas "passou-se de um momento para o outro de oito para o oitenta e as seguradoras viram-se obrigadas a digitalizar rápido, a pensar em novos produtos e como é que retirava barreiras nesse processo digital".
O desafio é aproveitar esta oportunidade, o que requer algumas capacidades digitais que as seguradoras se têm esforçado para adquirir. "De repente os tabus desapareceram e o desafio não é mais aquilo que é possível, mas o que consigo fazer e rapidamente. Os projetos e os investimentos têm vindo a acelerar no digital e há muito mais abertura para avançar com este tipo de processos, mas é difícil mudar tão depressa quando as circunstâncias exigem", considera Marcos Perestrelo.
Automatização e integração
Em setembro, a Lloyd’s lançou o Parametrix Insurance que é um seguro de negócio para PME com cobertura para a interrupção dos seguros de TI, porque esta pandemia mostrou que quem teve mais capacidade de reagir foi quem estava mais digital. "Este seguro é interessante porque é completamente paramétrico. Quando há uma interrupção é medida automaticamente e o pagamento do sinistro é automático. É um exemplo da procura não só dos consumidores finais mas das empresas pelos seguros quase automáticos", considera Marcos Perestrelo.
A automatização e a integração são fundamentais, "porque o digital acaba por ter de ser ponta a ponta. Não basta parte da cadeia estar digital, tem de estar toda, não pode parar num papel, numa assinatura, o que passa muito por ter soluções passíveis de integrar os diversos parceiros e levar ao cliente uma experiência com um nível elevado de facilidade em todo o processo", sublinha Marcos Perestrelo.
O CTO da i2S realçou que tem de se manter o contacto com as pessoas o que pode ser feito através do chatbot ou videocall, tornando mais disponível e fácil esse contacto imediato. "A grande questão é não se comoditizar, em se tornar só um preço, numa simples transação, tem de se conseguir manter este contacto humano. Na tecnologia tem de se encontrar esses fatores, por um lado, a facilidade de integração e automatização e, nos momentos certos, inserir estas ferramentas para trazer de volta as pessoas e o contacto direto".
Dados e hackers
O volume de dados está a aumentar devido à transacionalidade do meio digital, o que torna a exploração dessa informação cada vez mais importante. "Tem de se perceber muito bem como é que se pode aplicar a inteligência artificial na análise do comportamento, seja na análise dos próprios processos digitais, o abandono do processo, a eficácia de conversão ou de retenção, na questão dos sinistros, na análise de risco de fraude", afirmou Marcos Perestrelo.
Mas na sua opinião, "isto não é mágico, têm de se encontrar os casos certos e isso depende muito do conhecimento do negócio, porque a tecnologia, por si só, não vai descobrir exatamente onde é que pode resolver problemas, têm de ser as pessoas de seguros, que sabem o que precisam e o que querem, a aplicá-la nos sítios certos".
Marcos Perestrelo considerou que os hackers foram os primeiros a digitalizar-se e investem muito nas suas atividades. "Conseguiram automatizar muito a sua atuação e tem-se notado um aumento muito grande de ameaças. Os seguros têm de continuar a investir para prevenir as suas operações e os seus clientes."
O desafio da digitalização sempre foi do interesse do setor segurador, sempre se investiu mas "passou-se de um momento para o outro de oito para o oitenta e as seguradoras viram-se obrigadas a digitalizar rápido, a pensar em novos produtos e como é que retirava barreiras nesse processo digital".
O desafio é aproveitar esta oportunidade, o que requer algumas capacidades digitais que as seguradoras se têm esforçado para adquirir. "De repente os tabus desapareceram e o desafio não é mais aquilo que é possível, mas o que consigo fazer e rapidamente. Os projetos e os investimentos têm vindo a acelerar no digital e há muito mais abertura para avançar com este tipo de processos, mas é difícil mudar tão depressa quando as circunstâncias exigem", considera Marcos Perestrelo.
Automatização e integração
Em setembro, a Lloyd’s lançou o Parametrix Insurance que é um seguro de negócio para PME com cobertura para a interrupção dos seguros de TI, porque esta pandemia mostrou que quem teve mais capacidade de reagir foi quem estava mais digital. "Este seguro é interessante porque é completamente paramétrico. Quando há uma interrupção é medida automaticamente e o pagamento do sinistro é automático. É um exemplo da procura não só dos consumidores finais mas das empresas pelos seguros quase automáticos", considera Marcos Perestrelo.
A automatização e a integração são fundamentais, "porque o digital acaba por ter de ser ponta a ponta. Não basta parte da cadeia estar digital, tem de estar toda, não pode parar num papel, numa assinatura, o que passa muito por ter soluções passíveis de integrar os diversos parceiros e levar ao cliente uma experiência com um nível elevado de facilidade em todo o processo", sublinha Marcos Perestrelo.
O CTO da i2S realçou que tem de se manter o contacto com as pessoas o que pode ser feito através do chatbot ou videocall, tornando mais disponível e fácil esse contacto imediato. "A grande questão é não se comoditizar, em se tornar só um preço, numa simples transação, tem de se conseguir manter este contacto humano. Na tecnologia tem de se encontrar esses fatores, por um lado, a facilidade de integração e automatização e, nos momentos certos, inserir estas ferramentas para trazer de volta as pessoas e o contacto direto".
Dados e hackers
O volume de dados está a aumentar devido à transacionalidade do meio digital, o que torna a exploração dessa informação cada vez mais importante. "Tem de se perceber muito bem como é que se pode aplicar a inteligência artificial na análise do comportamento, seja na análise dos próprios processos digitais, o abandono do processo, a eficácia de conversão ou de retenção, na questão dos sinistros, na análise de risco de fraude", afirmou Marcos Perestrelo.
Mas na sua opinião, "isto não é mágico, têm de se encontrar os casos certos e isso depende muito do conhecimento do negócio, porque a tecnologia, por si só, não vai descobrir exatamente onde é que pode resolver problemas, têm de ser as pessoas de seguros, que sabem o que precisam e o que querem, a aplicá-la nos sítios certos".
Marcos Perestrelo considerou que os hackers foram os primeiros a digitalizar-se e investem muito nas suas atividades. "Conseguiram automatizar muito a sua atuação e tem-se notado um aumento muito grande de ameaças. Os seguros têm de continuar a investir para prevenir as suas operações e os seus clientes."