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Maria João Silva: “Temos de estar onde estão os nossos clientes”

Para Maria João Silva, a principal tendência é trazer o cliente para dentro da indústria, como forma de “sentir o cliente dentro da organização e responder às suas necessidades com o mesmo nível de serviço que têm noutras indústrias”.

30 de Novembro de 2022 às 17:00
Maria João Silva, CMO da Tranquilidade-Generali. Pedro Catarino
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Em relação às tendências para o setor segurador, Maria João Silva, chief marketing officer (CMO) da Tranquilidade-Generali, salientou, que, além dos reiterados desafios das alterações climáticas, da cibersegurança, a principal tendência é trazer o cliente para dentro da indústria, como forma de "sentir o cliente dentro da organização e responder às suas necessidades com o mesmo nível de serviço que têm noutras indústrias", disse Maria João Silva durante o debate "Os novos desafios para o setor segurador", durante a 9.ª edição de Os Seguros em Portugal, uma iniciativa do Jornal de Negócios.

Acrescentou que "é um desafio muito grande fazer com que as pessoas percebam, numa altura em que caminhamos para uma recessão económica, o valor de estar protegido, o que não acontece apenas com os seguros obrigatórios". "Há produtos seguradores que são simples, fáceis e que qualquer geração consegue subscrever porque tem confiança. Esta tem muita importância, porque estamos a vender um produto hoje que não sabemos quando vai ser utilizado, e, quando chegar o momento não podemos falhar. Isto é desafiante, mas complexo e temos de passar esta confiança em todos os canais, como o digital, para produtos mais simples", referiu Maria João Silva.

O peso da recomendação

Em outros produtos de seguros é "necessária a recomendação, por isso é muito importante que os nossos clientes estejam satisfeitos connosco para que nos recomendem. Há estudos que dizem que se um cliente estiver satisfeito com uma determinada empresa, provavelmente recomenda, se não estiver satisfeito garantidamente que não fará a recomendação", salientou Maria João Silva.

Nos produtos mais simples, com personalização, modelares, comprados ao dia, porque o que interessa são as necessidades do cliente, adquiridos no digital, sobretudo as gerações mais novas, ou nos mediadores para as gerações menos digitalizadas. Mas há seguros muito complexos em que são necessários muitos dados. É importante "a seguradora ter o canal certo para a hora certa com a informação certa que o cliente quer, e recolhendo também a informação para que, da vez seguinte, se consiga melhorar a prestação ao cliente", afirmou Maria João Silva.

O acordo de entrada no capital do Banco CTT por parte da Tranquilidade destinou-se a assegurar um canal de distribuição dos seus produtos seguradores. "Temos de estar onde estão os nossos clientes. É um novo canal de distribuição dos nossos seguros que são diferenciadores no mercado. Não se trata de estar a contraciclo de tendências. Se o cliente for ao Banco CTT tem uma oferta da Tranquilidade tal como tem no digital ou no mediador. Aliás, os canais físicos têm tudo a ganhar com a digitalização, que pode ser um acelerador de negócios, porque se retiramos o papel de todas as nossas apólices é-se eficiente e já temos mais de um milhão de clientes verdes, desmaterializados".

Frisou ainda que a Tranquilidade está a fazer uma grande transformação interna com a otimização e a robotização de processos internos para responder de uma forma mais célere ao cliente final.
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