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António Belo: "Seguros são atractivos para grandes investidores"

António Belo, CEO da Mapfre, alerta para o facto de serem necessários "ajustamentos importantes na gestão técnica de alguns ramos Não Vida, de forma a permitir a sustentabilidade deste negócio".

11 de Fevereiro de 2015 às 10:14
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Qual é o balanço que faz da actividade seguradora no ano passado?
Atendendo à conjuntura económica que se manteve difícil em 2014, o sector acabou por evidenciar um bom desempenho, bastante influenciado pelo comportamento do negócio Vida. O sector cresceu globalmente 13,2%. Em linha com o nosso plano estratégico, a Mapfre Portugal apresentou crescimentos superiores ao mercado. No negócio de Vida crescemos 21% e em Não Vida cerca de 7%, comparativamente ao mercado, que apresentou um crescimento de 13% e de 0,1 %, respectivamente.


Quais são as perspectivas para 2015?
A confirmarem-se as perspectivas de evolução económica que têm vindo a ser divulgadas, estarão criadas as condições para o sector continuar a apresentar uma evolução positiva. No entanto, como tem vindo a ser comentado por diversos intervenientes, terão de ser introduzidos ajustamentos importantes na gestão técnica de alguns ramos Não Vida, de forma a permitir a sustentabilidade deste negócio. Por outro lado, o sector confronta-se com uma excelente oportunidade de continuar a reforçar a sua posição na área da saúde e da previdência, como alternativa sólida ao desinvestimento público nestas áreas.


Qual é a análise que faz da entrada de novos actores no sector? São previsíveis mais mudanças?
Consideramos positiva a entrada de novos actores. Significa que Portugal, e o sector segurador em particular, são atractivos para grandes investidores internacionais. Inevitavelmente, a entrada de novos operadores, com outras visões e modelos de gestão, aportará valor e dinâmica ao nosso sector. Admitimos também que continuem a surgir movimentos na estrutura accionista das seguradoras.

 

Como está a Mapfre e o sector a enfrentar os desafios na regulação e na supervisão?
As exigências que decorrem do aumento substancial de regulação, nomeadamente do Solvência II, têm impactos significativos nas operações. O que implicará processos de transformação e ajustamento aos mais diversos níveis da gestão.

 

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