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"As insurtechs são uma realidade, ainda que em Portugal possam não ter o mesmo dinamismo que existe noutras partes do globo. Nos próximos anos vamos assistir a uma maior dinâmica. Têm uma base tecnológica e olham para a cadeia de valor de uma forma diferente, que, muitas vezes quem está no setor, não vê de forma imediata", referiu José Galamba de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Seguradoras.
Ao contrário do que aconteceu com outras indústrias, como a banca, em que muitas das insurtechs são challengers, o setor segurador olha para as insurtechs como polos de inovação. Através de parcerias ou por aquisição de capital, procura incorporar essa inovação "de um forma mais rápida e mais ágil numa situação win-win, porque para a insurtech também é uma oportunidade de mais rapidamente poder escalar através de uma seguradora maior e ter acesso a outro tipo de recursos", refere José Galamba de Oliveira.
Para esse gestor, esta aliança tem a ver com a complexidade do negócio segurador, em que tema regulatório é decisivo. As insurtechs nascem e crescem focadas num "determinado segmento da cadeia de valor, por isso para crescer precisam de se aliar a uma seguradora tradicional. Em Portugal há várias seguradoras com programas de aceleração para identificar as melhores startups", concluiu José Galamba de Oliveira.
Gabriel Bernardino advertiu que, tal como na banca a diretiva dos pagamentos abriu a oportunidade de inovação e de concorrência, também nos seguros se vão abrir ecossistemas de dados e assim favorecer a inovação.