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As instituições europeias lançaram a discussão sobre a possibilidade de um seguro para as pandemias como existe para as catástrofes naturais, ou terrorismo, mas, como diz Michaela Koller, diretora-geral da Insurance Europe, "estes são limitados a certas áreas geográficas, o que não acontece numa pandemia como aquela que estamos a viver atualmente".
Deu o exemplo dos seguros por interrupção de negócio, em que se seguram sinistros provocados por cheias ou terramotos. Se tivesse sido aplicado no desconfinamento, em que não houve um sinistro no sentido normal, para cobrir a interrupção de negócio de dois meses provocada pela covid-19, seriam necessários 100 anos de prémios. "Isto dá uma noção bem clara da ideia da dimensão do problema", diz Michaela Koller.
Sobre o impacto da covid-19 no setor segurador, assegurou que a indústria seguradora se manteve resistente tendo preservado a continuidade dos negócios em todas as geografias da Europa, mantendo os seus funcionários em segurança tendo conservado o contacto e o serviço aos seus clientes numa situação tão complexa.
As perdas das seguradoras são avaliadas em termos globais entre 28 e 74 biliões de euros, no âmbitos dos efeitos pandémicos. Os efeitos nos seguros na Europa estão pendentes da duração e da intensidade da pandemia e da recuperação da economia.
Em relação aos seguros de saúde referiu que a situação variou de país para país, mas houve uma tendência de menor utilização dos seguros porque as pessoas não queriam ir aos hospitais, ou alguns tratamentos que foram adiados, contudo cresceu a saúde digital. Mas salientou que se prevê uma queda de 6% do ramo vida.
Cibersegurança e Solvência II
Com o impacto da covid-19 existe um foco grande na cibersegurança das empresas financeiras. A Comissão Europeia anunciou que quer a inclusão das seguradoras no Digital Operational Resilience Act, e que faz parte do pacote Digital Financeiro da Comissão europeia, e que foi lançado em setembro. "O problema é que cobre operadores como a banca, fornecedores de serviços, de produtos e será importante para assegurar que os seguradores recebem o tratamento adequado, que funcione para as seguradoras independentemente do seu tamanho, com uma abordagem proporcional, que evite o excesso de regulação", sublinhou Michaela Koller.
Na sua comunicação referiu-se à revisão de Solvência II considerou que se deveria centrar em melhorar os instrumentos existentes para privilegiar o modelo de negócio a longo prazo, mitigar a volatilidade artificial e a redução dos custos de operação, que o modelo balanceado da EIOPA não responde e que por isso é provável que aumentem os requisitos de capital.
Esta questão é particularmente importante para a economia europeia, quando as seguradoras são o maior investidor institucional da Europa, com mais de dez biliões de euros de ativos sob gestão, o que equivale a cerca de 60% do PIB da UE. "Portanto, acolhemos com grande satisfação o objetivo da Comissão no seu plano de ação da União dos Mercados de Capitais (CMU) de avaliar, como parte da revisão do Solvência II, o quadro regulatório do investimento de longo prazo pelas companhias de seguros", diz Michaela Koller. Acrescentou que acredita "que com os melhoramentos identificados, nós podemos sair desta crise, e o setor das seguradoras possa ter um papel positivo, também para a recuperação verde".
Deu o exemplo dos seguros por interrupção de negócio, em que se seguram sinistros provocados por cheias ou terramotos. Se tivesse sido aplicado no desconfinamento, em que não houve um sinistro no sentido normal, para cobrir a interrupção de negócio de dois meses provocada pela covid-19, seriam necessários 100 anos de prémios. "Isto dá uma noção bem clara da ideia da dimensão do problema", diz Michaela Koller.
Sobre o impacto da covid-19 no setor segurador, assegurou que a indústria seguradora se manteve resistente tendo preservado a continuidade dos negócios em todas as geografias da Europa, mantendo os seus funcionários em segurança tendo conservado o contacto e o serviço aos seus clientes numa situação tão complexa.
As perdas das seguradoras são avaliadas em termos globais entre 28 e 74 biliões de euros, no âmbitos dos efeitos pandémicos. Os efeitos nos seguros na Europa estão pendentes da duração e da intensidade da pandemia e da recuperação da economia.
Em relação aos seguros de saúde referiu que a situação variou de país para país, mas houve uma tendência de menor utilização dos seguros porque as pessoas não queriam ir aos hospitais, ou alguns tratamentos que foram adiados, contudo cresceu a saúde digital. Mas salientou que se prevê uma queda de 6% do ramo vida.
Cibersegurança e Solvência II
Com o impacto da covid-19 existe um foco grande na cibersegurança das empresas financeiras. A Comissão Europeia anunciou que quer a inclusão das seguradoras no Digital Operational Resilience Act, e que faz parte do pacote Digital Financeiro da Comissão europeia, e que foi lançado em setembro. "O problema é que cobre operadores como a banca, fornecedores de serviços, de produtos e será importante para assegurar que os seguradores recebem o tratamento adequado, que funcione para as seguradoras independentemente do seu tamanho, com uma abordagem proporcional, que evite o excesso de regulação", sublinhou Michaela Koller.
Na sua comunicação referiu-se à revisão de Solvência II considerou que se deveria centrar em melhorar os instrumentos existentes para privilegiar o modelo de negócio a longo prazo, mitigar a volatilidade artificial e a redução dos custos de operação, que o modelo balanceado da EIOPA não responde e que por isso é provável que aumentem os requisitos de capital.
Esta questão é particularmente importante para a economia europeia, quando as seguradoras são o maior investidor institucional da Europa, com mais de dez biliões de euros de ativos sob gestão, o que equivale a cerca de 60% do PIB da UE. "Portanto, acolhemos com grande satisfação o objetivo da Comissão no seu plano de ação da União dos Mercados de Capitais (CMU) de avaliar, como parte da revisão do Solvência II, o quadro regulatório do investimento de longo prazo pelas companhias de seguros", diz Michaela Koller. Acrescentou que acredita "que com os melhoramentos identificados, nós podemos sair desta crise, e o setor das seguradoras possa ter um papel positivo, também para a recuperação verde".