Fernando Sampaio é agora o rosto da Sanofi em Portugal. O gestor brasileiro assumiu o cargo de director-geral da empresa em Março. É a primeira vez que trabalha na Europa. Garante que a Sanofi tem um compromisso com a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde.

Chegou recentemente a Portugal, vindo da filial da Sanofi no Brasil. Que avaliação faz do Serviço Nacional de Saúde (SNS) português?
Ainda me estou a familiarizar com o mercado mas já tive oportunidade de estudar o sector e de conhecer diversos intervenientes de relevo, pelo que tenho uma boa impressão do SNS. Penso que a Sanofi tem um papel importante a desempenhar na qualidade do SNS uma vez que não somos apenas fornecedores de serviços mas verdadeiros parceiros.

Como é que a sua experiência no Brasil pode ser útil no mercado português?
A nossa missão, em qualquer parte do mundo, é melhorar a qualidade de vida do doente. É para isso que trabalho todos os dias, desde que me juntei à Sanofi há quase 15 anos. Acredito que a minha experiência de mais de 20 anos na indústria farmacêutica será determinante para motivar os colaboradores da Sanofi Portugal a fazerem ainda mais e melhor em prol do doente. Além disso, a experiência anterior traz em si uma diversidade muito grande, onde a criatividade e a gestão de várias áreas de negócio se destacam e representam uma oportunidade de crescimento alternativo.

O SNS é hoje mais sustentável do que era há um ano? De que forma a Sanofi tem estado envolvida nesse processo?
Penso que sim. Há cerca de um ano, a indústria farmacêutica celebrou um acordo com o Ministério da Saúde que permitiu a redução das despesas com os medicamentos. A indústria aceitou contribuir com uma poupança de 160 milhões de euros na despesa pública. Acreditamos na sustentabilidade do SNS e numa gestão que permita continuar a promover o acesso e a equidade na prestação dos cuidados de saúde aos doentes em Portugal. Por outro lado, a Sanofi sendo uma das companhias líderes de mercado tem um compromisso muito forte com a sustentabilidade do sector da saúde e com os doentes portugueses. A Sanofi está presente no mercado português investindo e desenvolvendo os seus colaboradores que trabalham todos os dias para levar uma oferta bastante completa e diversificada aos doentes que vai desde medicamentos inovadores, a produtos maduros de uso comprovado, a genéricos a preços acessíveis até tratamentos não sujeitos a receita médica disponibilizados ao consumidor. Procuramos também uma maior sustentabilidade através de parcerias com o exterior, quer seja para o alargamento do nosso portfólio, ou com outras associações e autoridades da saúde agindo de forma sustentável ao nível da prevenção, da educação do doente e do estudo de áreas onde podemos reduzir custos e melhorar as condições de saúde e a qualidade de vida da população.

Ficou surpreendido com os serviços que se submeteram a concurso este ano para o "Prémio Saúde Sustentável"?
Não. Fiquei sobretudo feliz. Em comparação com o ano passado, as candidaturas mais do que duplicaram. Fico ainda mais satisfeito por saber que as propostas a concurso são de grande qualidade, o que muito prestigia o Prémio e redobra a nossa fé na sustentabilidade da saúde em Portugal.

Esta é a quarta edição dos prémios. Que importância tem esta iniciativa para a Sanofi?
Este prémio é importante para a Sanofi mas é ainda mais importante para os intervenientes, que, assim vêem reconhecido o contributo diário que dão para a sustentabilidade da saúde em Portugal. Quando reconhecemos as instituições e as pessoas que trabalham pondo todo o seu esforço e dedicação ao serviço da saúde e do doente, estamos a cumprir a nossa missão de contribuir para um sector da saúde mais sustentável e para um serviço de excelência a que todos os doentes têm direito.