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Galp Energia: A energia está no mercado internacional

A Galp Energia tem assegurado a sua rentabilidade e crescimento na internacionalização da produção e da distribuição. É o maior exportador nacional, assegurando cerca de 6% a 7% das exportações portuguesas.

18 de Dezembro de 2018 às 13:45
Carlos Gomes da Silva, presidente executivo da Galp Energia, recebeu a distinção no Palácio da Bolsa no Porto. Nuno Fonseca
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Galp Energia - Prémio internacionalização grandes empresas

O valor global de investimento da Galp Energia em internacionalização é de cerca de 8,6 mil milhões de euros, e inclui todas as áreas de negócio e geografias da empresa de energia. A maior parte deste valor destinou-se aos grandes investimentos efectuados na área da Exploração e Produção de petróleo e gás natural, sobretudo no Brasil, Angola e Moçambique.

Inclui também os investimentos na aquisição e expansão da rede de distribuição em Espanha e em Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Swazilândia, assim como os projectos de produção de biodiesel que desenvolve no Brasil e em Moçambique. Em Portugal investiu na última década mais de 4 mil milhões de euros.

O futuro é Moçambique

Hoje, 80% do Ebitda da empresa é proveniente dos mercados externos. Por exemplo, nos primeiros nove meses do ano, cerca de 1,4 mil milhões de euros num total de 1,7 mil milhões de euros, resultaram das actividades internacionais. da empresa.

Em termos de exploração e produção, a Galp Energia tinha, em 2017, 51 projectos distribuídos por sete países como Brasil, Moçambique, Angola, Namíbia, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

8,6
Mil milhões
é o investimento total feito pela Galp Energia na sua internacionalização

6 a 7%
De exportações
A Galp Energia é o maior exportador português, a partir das suas refinarias em Sines e Leixões


A Galp investiu, nos últimos anos, perto de mil milhões de euros, dos quais a área de exploração e produção absorveu perto de 80%, nomeadamente os projectos no Brasil. Estes asseguram nove em cada dez barris de petróleo e gás produzidos e Angola completa o restante. Mas a previsão é que este cenário se altere com a emergência de novos locais de produção. "Nos próximos anos com o desenvolvimento do projecto de gás natural em Moçambique, um dos maiores projectos mundiais em curso", esclareceu Carlos Gomes da Silva, presidente da Comissão Executiva.

Por sua vez a empresa desenvolveu de raiz uma área de trading de gás natural que passa pela aquisição e depois comercialização de cargas nos mercados internacionais da Ásia à América Latina, passando, naturalmente, pela Iberia e Europa Central.

Maior exportador

A Galp Energia assegura cerca de 6% a 7% das exportações portuguesas, e os produtos refinados que são produzidos nas refinarias de Sines e Leixões chegam a 45 países, o que faz da empresa a maior exportadora de Portugal. "Isto diz muito sobre a importância dos mercados internacionais nas operações de midstream e downstream, que incluem a refinação, a distribuição e comercialização de combustíveis, lubrificantes, químicos, gás e electricidade, entre outros", considera Carlos Gomes da Silva.

No final do terceiro trimestre de 2018, a Galp tinha exportado um total de 5,3 milhões de toneladas de produtos petrolíferos, avaliados em 2,7 mil milhões de euros, um aumento de 11% em relação aos 2,4 mil milhões exportados nos primeiros nove meses do ano passado. Os principais mercados nos primeiros nove meses de 2018 foram, por ordem de importância, Espanha, Estados Unidos e Holanda.

A Galp assume-se como uma empresa multinacional com raízes portuguesas, que actua no mundo com espírito global.  carlos gomes da silva
CEO da Galp Energia 


O accionista de referência detém 33,34% e é Amorim Energia, liderada pela chairwoman da Galp Energia, Paula Amorim, que tem como accionistas as quatro herdeiras de Américo Amorim com 55% e a Esperaza Holding, aliança entre a Isabel dos Santos e a Sonangol, com 45%. A estatal Parpública tem 7,48%.

O restante capital de 60% encontra-se distribuído por investidores institucionais, localizadosem todo o mundo, com incidência especial no Reino Unido, Estados Unidos e no Canadá. O que segundo Carlos Gomes da Silva, conferem " um alcance e uma estabilidade de assinalar".

"A Galp assume-se hoje como uma empresa multinacional que tendo as suas raízes em Portugal e presença em diversos países, actua no mundo com um espírito verdadeiramente global", referiu Carlos Gomes da Silva.


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