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"A aposta na tecnologia aliada à sustentabilidade e ao aumento da produtividade continua muito forte porque temos de aumentar a produção e a produtividade, por exemplo, do fator trabalho", defendeu Pedro Reis, investigador do INIAV e presidente da Associação Portuguesa de Economia Agrária. Alertou que tem de haver um desenvolvimento sustentável que seja justo para os agricultores, o que "significa que estes têm de ter uma progressão de rendimento. Quando olhamos para os outros fatores de atividade económica, havendo crescimento económico e uma progressão dos rendimentos, isso também tem de suceder na agricultura."
Pedro Reis fez um relance para situar a emergência da sustentabilidade como eixo central da agricultura. A partir dos anos 1950 e até à crise petrolífera de 1973, houve "um crescimento áureo de toda a economia mundial, deu-se um salto na agricultura. Foi até designada como a segunda revolução da agricultura ou revolução verde, com o modelo químico-mecânico: as máquinas, o uso dos produtos fitofarmacêuticos e dos fertilizantes químicos, a utilização de sementes melhoradas com grande potencial genético", afirmou Pedro Reis.
Os desafios à ciência
Em relação aos desafios que a sustentabilidade coloca à investigação científica aplicada, Pedro Reis situou-os sobretudo no aumento da produtividade agrícola na grande preocupação com a questão da conservação dos recursos naturais. As perguntas passaram a ser "como é que conseguimos utilizar os inputs, como os adubos, os produtos fitofarmacêuticos, de forma mais eficiente para reduzir o impacto no ambiente?". A interrogação sobre o funcionamento da própria natureza levou, por exemplo, à utilização de insetos auxiliares e de plantas para combater pragas.
Empresas de serviços
Lembrou que, na agronomia moderna no período oitocentista, o solo era considerado como indestrutível, e que era necessário "aguilhoarmos a natureza". Nessa altura era fundamental aumentar muito a produção de bens alimentares. "É preciso referir que, por exemplo, a nível mundial, nos anos 1960, 60% da população mundial passava fome. Ainda hoje andamos nos 17 a 18% e, infelizmente, não estamos a conseguir reduzir esta percentagem", sublinhou Pedro Reis.
Este especialista em inovação agrícola assinala um aspeto novo na agricultura portuguesa, que é o surgimento de empresas de prestação de serviços à agricultura, em que está incorporado o conhecimento científico e técnico. "Apesar de todos os desafios, estamos a conseguir conjugar o conhecimento científico para o aumento da produtividade, para uma produção mais ecológica, para uma resposta mais no sentido dos consumidores e da exigência de todos nós", concluiu Pedro Reis.
Pedro Reis fez um relance para situar a emergência da sustentabilidade como eixo central da agricultura. A partir dos anos 1950 e até à crise petrolífera de 1973, houve "um crescimento áureo de toda a economia mundial, deu-se um salto na agricultura. Foi até designada como a segunda revolução da agricultura ou revolução verde, com o modelo químico-mecânico: as máquinas, o uso dos produtos fitofarmacêuticos e dos fertilizantes químicos, a utilização de sementes melhoradas com grande potencial genético", afirmou Pedro Reis.
Como é que conseguimos utilizar os adubos e os produtos fitofarmacêuticos de forma mais eficiente para reduzir o impacto no ambiente? Pedro Reis
Investigador do INIAV e Presidente da Associação Portuguesa de Economia Agrária
No final do século XX "começaram a ser incorporadas as questões com a sustentabilidade, movimento que não foi apenas na agricultura mas em toda a sociedade, sendo muito forte na agricultura a partir do início dos anos 1990", relembrou Pedro Reis.Investigador do INIAV e Presidente da Associação Portuguesa de Economia Agrária
Os desafios à ciência
Em relação aos desafios que a sustentabilidade coloca à investigação científica aplicada, Pedro Reis situou-os sobretudo no aumento da produtividade agrícola na grande preocupação com a questão da conservação dos recursos naturais. As perguntas passaram a ser "como é que conseguimos utilizar os inputs, como os adubos, os produtos fitofarmacêuticos, de forma mais eficiente para reduzir o impacto no ambiente?". A interrogação sobre o funcionamento da própria natureza levou, por exemplo, à utilização de insetos auxiliares e de plantas para combater pragas.
Apesar de todos os desafios, estamos a conseguir conjugar o conhecimento científico para o aumento da produtividade, para uma produção mais ecológica. Pedro Reis
Investigador do INIAV e Presidente da Associação Portuguesa de Economia Agrária
Questão muito importante e das mais fascinantes nas tecnologias é como é que com a agricultura de precisão se atinge o máximo da eficiência do uso dos recursos, isto é, para obter a mesma quantidade de recursos utilizar menos inputs. "Isto foi incorporado na investigação e começou-se a trabalhar com um acento tónico muito grande nas preocupações ambientais. Os próprios agricultores passaram a ter estas preocupações", referiu Pedro Reis.Investigador do INIAV e Presidente da Associação Portuguesa de Economia Agrária
Empresas de serviços
Lembrou que, na agronomia moderna no período oitocentista, o solo era considerado como indestrutível, e que era necessário "aguilhoarmos a natureza". Nessa altura era fundamental aumentar muito a produção de bens alimentares. "É preciso referir que, por exemplo, a nível mundial, nos anos 1960, 60% da população mundial passava fome. Ainda hoje andamos nos 17 a 18% e, infelizmente, não estamos a conseguir reduzir esta percentagem", sublinhou Pedro Reis.
Este especialista em inovação agrícola assinala um aspeto novo na agricultura portuguesa, que é o surgimento de empresas de prestação de serviços à agricultura, em que está incorporado o conhecimento científico e técnico. "Apesar de todos os desafios, estamos a conseguir conjugar o conhecimento científico para o aumento da produtividade, para uma produção mais ecológica, para uma resposta mais no sentido dos consumidores e da exigência de todos nós", concluiu Pedro Reis.