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O Pátio da Galé, em Lisboa, recebeu esta quarta-feira à noite a gala para a entrega dos prémios Excellens Oeconomia 2014, criado e atribuído em parceria pelo Negócios e pela PwC. A Sogrape arrebatou o Prémio Empresa do Ano, enquanto António Melo Pires (na foto), director-geral da Autoeuropa, venceu a categoria Prémio Personalidade do Ano, escolhas de um júri composto, entre outros, por Helena Garrido, directora do Negócios, Alexandre Soares dos Santos, antigo "chairman" da Jerónimo Martins, ou Luís Amado, presidente do conselho de administração do Banif.
Ambos os vencedores mostraram a sua satisfação pelo reconhecimento do trabalho desenvolvido, numa cerimónia que contou com a presença de cerca de 180 personalidades ligadas ao mundo dos negócios e também da política, destacando-se, entre outras, a presença do secretário de Estado da Economia, Leonardo Mathias.
Foi o próprio quem entregou o galardão Prémio Empresa do Ano à Sogrape, representada por Fernando Cunha Guedes, administrador da empresa vinícola. Depois de destacar o "momento em que Portugal começa a dar sinais consistentes de vencer os diversos desafios que foram colocados pela conjuntura económica", o governante considerou ser "mais do que justo reconhecer e estimular o mérito" de empresas como a Sogrape.
Fernando Cunha Guedes recebeu o prémio "com enorme orgulho e satisfação", no que considera ser um "estímulo para continuar a fazer mais e melhor". Num tom mais emocionado aproveitou para aludir à história da empresa familiar fundada em 1942. "O meu avô sonhou, o meu pai acreditou e não desperdiçou as oportunidades. E à minha geração, liderada pelo meu irmão mais velho, cabe continuar o trabalho até aqui desenvolvido".
A nota final do discurso de agradecimento do administrador da Sogrape foi precisamente para Salvador Guedes, seu irmão mais velho que, por motivos de saúde, não pôde subir ao palco para receber o prémio: "Destacar essa pessoa que em todos estes anos nos tem dado uma visão internacional. Essa pessoa que me enche de orgulho é o meu irmão Salvador".
Já Melo Pires, a quem o júri reconheceu "capacidade para implementar soluções disruptivas" num contexto de crise financeira como o actual, notou que "é sempre uma satisfação" receber este tipo de prémios.
O director-geral da Autoeuropa congratulou-se com "um trabalho contínuo que hoje nos permite anunciar este investimento que podia ter ido para outra fábrica". Melo Pires falava do investimento de 677 milhões de euros, que até 2018 criará 500 postos de trabalho, no âmbito do novo ou novos modelos que a Volkswagen vai produzir na unidade portuguesa.
Este investimento "tem um significado especial", concedeu Melo Pires, que garante que a Autoeuropa "não tem prazo de validade", afastando assim quaisquer cenários de encerramento da empresa no período pós-2018.
Melo Pires aludiu ainda "à introdução da nova tecnologia de plataformas, que nos garante um período longo de vida", para confirmar a vitalidade e perspectivas futuras da empresa que lidera.