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A inovação é uma hoje uma espécie de mantra da economia, da gestão, da política, do sector social cuja repetição pode levar ao seu esvaziamento. Mas, de facto, para as empresas não existem muitas outras alternativas para manter ou fazer crescer as quotas de mercado e as vendas. Todos os caminhos do crescimento empresarial passam pela inovação. As melhores empresas portuguesas ou em Portugal são, como referiu recentemente José Manuel Bernardo presidente da PwC, as "inovam, desenvolvem produtos diferenciados, tem grande adaptabilidade aos mercados e às variações de conjuntura interna e externa. E por isso geram emprego e riqueza".
Recentemente a Cotec divulgou, num documento intitulado Desenvolvimento Sustentado da Inovação Empresarial, as melhores práticas das empresas mundiais líderes em inovação. O primeiro ponto passa por assumir que a inovação é prioridade estratégica ao mais alto nível e de que há um conhecimento profundo das necessidades dos clientes. Depois existem estruturas organizativas dedicadas e a comunicação é fluida ao longo de toda a organização. Finalmente pratica-se a denominada inovação aberta em que se estimula a colaboração e a interacção com a rede de contactos e relações com o exterior.
Este modelo corresponde em certa medida ao obtido pela PwC no seu estudo Global Innovation Survey de 2013, em que questionou 1,757 executivos de topo, 60 dos quais em Portugal, em mais de 25 países e 30 sectores, responsáveis por supervisionar a inovação nas suas empresas.
Um dos aspectos mais sublinhados neste relatório é que as empresas, que adoptam a inovação sem um objectivo claro e uma estratégia definida, correm o risco de se tornarem centros de pesquisa que dependem da sorte para comercializar as inovações e gerar retornos significativos.
É na inovação aberta que as empresas portuguesas apresentam ainda algumas debilidades. Segundo dados do inquérito apenas 23% das empresas portuguesas recorrem open innovation (32% em média mundial), e desce mais ainda quando se trata do recurso a incubadoras com 7% (10% em média mundial) e para apenas 3% no que se refere à utilização da figura do corporate venture (11%, em média mundial). Curiosamente as abordagens preferidas das empresas mais inovadoras tendem a ser as incubadoras e os grupos de corporate venture.
Inovação radical e disruptiva
Muitas vezes a inovação é só entendida na sua faceta de mudança e inovação radical, que pode criar novos negócios, ou de inovação disruptiva, ligada por exemplo às tecnologias e aos modelos de negócio das empresas, criando mais vantagens competitivas, tanto no produto ou serviço como no modelo de negócio. Mas também existe a inovação incremental que é sobretudo a alteração a um produto ou serviço existente com o objectivo principal de proteger a quota de mercado e que pode ser o princípio da instauração de uma cultura de inovação nas empresas. Claro que, como refere o estudo da PwC, "para alcançar elevados níveis de crescimento as empresas terão que olhar para além das inovações incrementais e baseadas no produto". Mas é um facto que as empresas mais inovadoras e que mais aplicam a inovação disruptiva e radical e, são as que crescem e prevêem crescer.
Como refere Daniel Bessa, numa análise a este relatório da PwC, um dos problemas mais comuns nas empresas portuguesas é "o recurso a processos de inovação relativamente pouco formalizados, em que a inovação tende sempre a estar melhor posicionada enquanto prioridade estratégica (em termos de formulação) do que em domínios como o planeamento estratégico ou, mais prosaicamente, a capacidade de execução das estratégias delineadas".
Um dos aspectos que mostra a escassez de recursos das empresas portuguesas é o facto de revelarem uma maior dependência dos incentivos externos na inovação, nomeadamente dos incentivos financeiros do Estado, comunitários e fiscais.
Para os gestores portugueses que participaram neste inquérito a inovação é um processo que deverá gerar mais receitas, mais eficiência e maior eficácia no mercado, seguindo assim a máxima de que "inovar por inovar" não é a chave do sucesso, a solução é "inovar para crescer".
Recentemente a Cotec divulgou, num documento intitulado Desenvolvimento Sustentado da Inovação Empresarial, as melhores práticas das empresas mundiais líderes em inovação. O primeiro ponto passa por assumir que a inovação é prioridade estratégica ao mais alto nível e de que há um conhecimento profundo das necessidades dos clientes. Depois existem estruturas organizativas dedicadas e a comunicação é fluida ao longo de toda a organização. Finalmente pratica-se a denominada inovação aberta em que se estimula a colaboração e a interacção com a rede de contactos e relações com o exterior.
Este modelo corresponde em certa medida ao obtido pela PwC no seu estudo Global Innovation Survey de 2013, em que questionou 1,757 executivos de topo, 60 dos quais em Portugal, em mais de 25 países e 30 sectores, responsáveis por supervisionar a inovação nas suas empresas.
Um dos aspectos mais sublinhados neste relatório é que as empresas, que adoptam a inovação sem um objectivo claro e uma estratégia definida, correm o risco de se tornarem centros de pesquisa que dependem da sorte para comercializar as inovações e gerar retornos significativos.
É na inovação aberta que as empresas portuguesas apresentam ainda algumas debilidades. Segundo dados do inquérito apenas 23% das empresas portuguesas recorrem open innovation (32% em média mundial), e desce mais ainda quando se trata do recurso a incubadoras com 7% (10% em média mundial) e para apenas 3% no que se refere à utilização da figura do corporate venture (11%, em média mundial). Curiosamente as abordagens preferidas das empresas mais inovadoras tendem a ser as incubadoras e os grupos de corporate venture.
Inovação radical e disruptiva
Muitas vezes a inovação é só entendida na sua faceta de mudança e inovação radical, que pode criar novos negócios, ou de inovação disruptiva, ligada por exemplo às tecnologias e aos modelos de negócio das empresas, criando mais vantagens competitivas, tanto no produto ou serviço como no modelo de negócio. Mas também existe a inovação incremental que é sobretudo a alteração a um produto ou serviço existente com o objectivo principal de proteger a quota de mercado e que pode ser o princípio da instauração de uma cultura de inovação nas empresas. Claro que, como refere o estudo da PwC, "para alcançar elevados níveis de crescimento as empresas terão que olhar para além das inovações incrementais e baseadas no produto". Mas é um facto que as empresas mais inovadoras e que mais aplicam a inovação disruptiva e radical e, são as que crescem e prevêem crescer.
Como refere Daniel Bessa, numa análise a este relatório da PwC, um dos problemas mais comuns nas empresas portuguesas é "o recurso a processos de inovação relativamente pouco formalizados, em que a inovação tende sempre a estar melhor posicionada enquanto prioridade estratégica (em termos de formulação) do que em domínios como o planeamento estratégico ou, mais prosaicamente, a capacidade de execução das estratégias delineadas".
Um dos aspectos que mostra a escassez de recursos das empresas portuguesas é o facto de revelarem uma maior dependência dos incentivos externos na inovação, nomeadamente dos incentivos financeiros do Estado, comunitários e fiscais.
Para os gestores portugueses que participaram neste inquérito a inovação é um processo que deverá gerar mais receitas, mais eficiência e maior eficácia no mercado, seguindo assim a máxima de que "inovar por inovar" não é a chave do sucesso, a solução é "inovar para crescer".