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"Confesso que fui o primeiro a ficar surpreendido [com o convite a um português para recuperar o Lloyds]. Acho que isso não teria acontecido na maior parte de outros países europeus. Talvez por termos 'a mais velha aliança' entre Portugal e a Inglaterra, temos uma relação muito boa entre portugueses e ingleses. Sinto-me muito à vontade em Inglaterra e os ingleses apreciam muito Portugal."
António Horta Osório fez esta revelação em Outubro de 2015, numa entrevista à Rádio Renascença (RR), quatro anos depois de ter chegado à presidência do Lloyds Banking Group. Em 2011, Horta Osório foi o homem que os ingleses escolheram para recuperar o Lloyds e o seu trabalho desde então tem sido elogiado.
Embora esteja sediado em Londres, Horta Osório continua a ter ligações profissionais a Portugal, sendo administrador não executivo da Fundação Champalimaud e da Sociedade Francisco Manuel dos Santos. Na edição dos Mais Poderosos de 2015 do Negócios, António Horta Osório figura na oitava posição. "A sua rede empresarial, da arte à distribuição, da ciência à banca, tem-se alargado continuamente" e "as suas palavras e conselhos são ouvidos e levados em consideração pelo Governo e pelo Presidente da República", escreveu o Negócios na altura, para justificar a sua entrada no "top" 10 dos Mais Poderosos.
Praticante de ténis, mergulho com garrafa, xadrez e esqui, nos seus tempos de lazer, o banqueiro agora distinguido com o prémio personalidade Excellens Oeconomia reconhece diferenças entre a prática da gestão em Portugal e no Reino Unido.
Uma gestão diferente
"A gestão tem de ser diferente porque as economias e os povos são diferentes. A maior diferença que vejo é que, enquanto nós portugueses somos mais flexíveis e maleáveis para resolver problemas (implica que os gestores estejam mais em cima dos projectos), em Inglaterra são muito metódicos e extremamente organizados. Uma vez decidido um caminho, programa um caminho ao milímetro e seguem-no de maneira feroz. Se a realidade muda, eles seguem talvez o plano e nós talvez pensemos que o plano tem de ser adaptado e ser mais flexível", afirmou António Horta Osório na mesma entrevista à RR.
O banqueiro iniciou a sua actividade profissional em 1991 no Citibank e posteriormente trabalhou na Goldman Sachs em Nova Iorque e Londres. Em 1993, juntou-se ao grupo Santander e em 2000, após o acordo entre António Champalimaud, o Santander e a Caixa Geral Depósitos, o grupo espanhol, passa a deter os bancos Totta e Crédito Predial Português (além do Santander de Negócios e do Santander Portugal). Horta Osório é nomeado presidente executivo dos quatro bancos depois fundidos no Banco Santander Totta. Em 2006, partiu para Londres para liderar o Abbey, do grupo Santander, de onde de se transferiu para o Lloyds.
António Horta Osório fez esta revelação em Outubro de 2015, numa entrevista à Rádio Renascença (RR), quatro anos depois de ter chegado à presidência do Lloyds Banking Group. Em 2011, Horta Osório foi o homem que os ingleses escolheram para recuperar o Lloyds e o seu trabalho desde então tem sido elogiado.
Embora esteja sediado em Londres, Horta Osório continua a ter ligações profissionais a Portugal, sendo administrador não executivo da Fundação Champalimaud e da Sociedade Francisco Manuel dos Santos. Na edição dos Mais Poderosos de 2015 do Negócios, António Horta Osório figura na oitava posição. "A sua rede empresarial, da arte à distribuição, da ciência à banca, tem-se alargado continuamente" e "as suas palavras e conselhos são ouvidos e levados em consideração pelo Governo e pelo Presidente da República", escreveu o Negócios na altura, para justificar a sua entrada no "top" 10 dos Mais Poderosos.
Praticante de ténis, mergulho com garrafa, xadrez e esqui, nos seus tempos de lazer, o banqueiro agora distinguido com o prémio personalidade Excellens Oeconomia reconhece diferenças entre a prática da gestão em Portugal e no Reino Unido.
Uma gestão diferente
"A gestão tem de ser diferente porque as economias e os povos são diferentes. A maior diferença que vejo é que, enquanto nós portugueses somos mais flexíveis e maleáveis para resolver problemas (implica que os gestores estejam mais em cima dos projectos), em Inglaterra são muito metódicos e extremamente organizados. Uma vez decidido um caminho, programa um caminho ao milímetro e seguem-no de maneira feroz. Se a realidade muda, eles seguem talvez o plano e nós talvez pensemos que o plano tem de ser adaptado e ser mais flexível", afirmou António Horta Osório na mesma entrevista à RR.
O banqueiro iniciou a sua actividade profissional em 1991 no Citibank e posteriormente trabalhou na Goldman Sachs em Nova Iorque e Londres. Em 1993, juntou-se ao grupo Santander e em 2000, após o acordo entre António Champalimaud, o Santander e a Caixa Geral Depósitos, o grupo espanhol, passa a deter os bancos Totta e Crédito Predial Português (além do Santander de Negócios e do Santander Portugal). Horta Osório é nomeado presidente executivo dos quatro bancos depois fundidos no Banco Santander Totta. Em 2006, partiu para Londres para liderar o Abbey, do grupo Santander, de onde de se transferiu para o Lloyds.
perfil O homem das sete distinções António Horta Osório, actual presidente executivo do Lloyds Banking Group, nasceu a 28 de Janeiro de 1964, é casado e pai de três filhos. É licenciado em Gestão e Administração de Empresas pela Universidade Católica de Lisboa, frequentou um "Advanced Management Program" na Harvard Business School e um MBA INSEAD em Fontainbleau. Tem sete distinções, sendo que as duas últimas foram o grau de "Doutor Honoris Causa" atribuído pela Universidade de Warwick (2015) e a "Grã-Cruz da Ordem de Mérito Empresarial - classe comercial", atribuída pelo Presidente da República, Cavaco Silva, em 2014.