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"Tradicionalmente, os pequenos e médios investidores têm optado por investir no mercado imobiliário nas suas cidades de origem e em Lisboa. Contudo, esta realidade está a mudar", explica Ricardo Sousa. Mas, acrescenta o CEO da Century 21 Portugal, "actualmente, o país oferece uma multiplicidade de excelentes oportunidades de investimento imobiliário, em todo o território".
Antes de avançar para a compra, há contudo alguns cuidados que deve ter. Primeiro, quando estiver a seleccionar o imóvel em questão, avalie o local onde se situa bem como a zona envolvente e determine se tem todas as suas necessidades satisfeitas. Não se esqueça também de avaliar a qualidade global da construção do imóvel, para evitar problemas no futuro.
É ainda muito importante que pondere devidamente todas as despesas que estão relacionadas com a aquisição do imóvel, nomeadamente se vai recorrer ao crédito. Há ainda encargos relacionados com o pagamento do sinal, a avaliação do imóvel, as despesas notoriais e os impostos a pagar ao Estado. Acrescem ainda despesas periódicas como os seguros, o condomínio e o imposto municipal sobre imóveis (IMI).
"Para investir no mercado imobiliário, um investidor deverá obter conselhos junto de especialistas, uma agência imobiliária de confiança, que conheça bem o mercado e que possa dar algumas garantias", recomenda João Pedro Pereira da Comissão Executiva da ERA Portugal. Uma posição que é partilhada por Ricardo Sousa que sublinha que "além da enorme dinâmica que o sector está a registar, em termos de oportunidades de investimento, estão a surgir constantemente alterações em diversas áreas, que também estão a implicar algumas incertezas e a gerar uma multiplicidade de informação, o que torna o investimento imobiliário num processo bastante complexo na hora de decifrar e compreender toda a informação disponível, para seleccionar as melhoras oportunidades e as soluções de investimento mais ajustadas ao perfil de cada um".
Por fim, uma última recomendação vai no sentido de assegurar uma compra segura. Para isso, vá à Conservatória do Registo Predial da zona do imóvel e confirme se o vendedor é o verdadeiro proprietário da habitação. Confirme se não existem hipotecas ou penhoras e se o imóvel não está em poder de usufruto de outra pessoa. E, nas Finanças, verifique se o imóvel tem pagamentos em atraso.
Como escolher entre comprar e arrendar?
Comprar ou arrendar casa é a dúvida que assola muitos portugueses quando chega a hora de ter habitação própria. E não é uma decisão fácil. Qualquer uma das opções tem vantagens e desvantagens. À primeira vista, a compra pode parecer mais cara, uma vez que tem implícito o pagamento de vários encargos, tanto aqueles que estão relacionados com o crédito (prestações mensais, comissões e seguros), como aqueles que estão relacionados com impostos, bem como o condomínio. Actualmente, com os bancos a descer os "spreads", o crédito é mais barato e mais fácil do que há uns anos. Além disso, estará a fazer um investimento, não é garantia de que irá conseguir realizar uma mais-valia (embora normalmente isso aconteça), mas pelo menos há essa possibilidade. Por outro lado, arrendar implica apenas o pagamento de uma renda mensal. E dá-lhe também mais mobilidade, podendo mudar de casa sempre que quiser, cumprindo o período de aviso estabelecido no contrato. Além disso, não terá preocupações com a manutenção do imóvel, uma vez que esta responsabilidade é do proprietário. Neste caso, também não terá despesas com impostos e condomínio. Deste modo, chegada a hora de fazer a escolha, deve ponderar os prós e contras de cada uma das opções, deve analisar a sua situação financeira actual e também as expectativas em relação ao futuro.