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Depósitos indexados nem sempre dão mais

Há cada vez mais portugueses que, perante a queda das taxas de juro nos depósitos "normais", estão a "apostar" em depósitos indexados. São produtos financeiros complexos, de capital garantido, que têm atraído pequenos investidores com a promessa de rendibilidades de dois dígitos. Em 2012, foram aplicados 1.300 milhões de euros.

31 de Outubro de 2013 às 00:01
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Há cada vez mais portugueses que, perante a queda das taxas de juro nos depósitos "normais", estão a "apostar" em depósitos indexados. São produtos financeiros complexos, de capital garantido, que têm atraído pequenos investidores com a promessa de rendibilidades de dois dígitos. Em 2012, foram aplicados 1.300 milhões de euros.

Nestes depósitos, ao contrário dos "normais" em que são pagos os juros acordados à cabeça, a rendibilidade resulta do desempenho de outros activos, essencialmente cabazes de acções, matérias-primas e divisas. Na maioria dos produtos, a taxa mínima é nula. A máxima pode superar dois dígitos.

"Nos 23 depósitos indexados vencidos em 2012, o comportamento dos indexantes de referência para o cálculo da remuneração determinou que, em sete dos casos, não fosse paga qualquer remuneração e, em sete outros, tivesse sido paga a mínima prevista", revelou o Banco de Portugal. Só num caso "foi paga a remuneração máxima", rematou. "A probabilidade de as taxas máximas potenciais serem atingidas é muito reduzida", alerta Luís Pinto. "Tivemos casos em que a probabilidade de receber a taxa máxima era de 5% a 8%", diz o analista da Proteste Investe.

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