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Encontrar uma boa aplicação a prazo não é fácil, nos dias que correm. Longe vão os tempos em que as instituições financeiras se digladiavam para atrair as poupanças pelas taxas mais elevadas, para gáudio dos pequenos aforradores. Actualmente, os juros oferecidos nos tradicionais depósitos estão em mínimos – embora haja excepções que podem valer a pena ponderar. Os bancos procuram, agora, conquistar os euros com ofertas "à medida".
A escalada das taxas das aplicações, que chegaram a superar os 4,5% para prazos a um ano, fez soar os alarmes. O Banco de Portugal interveio criando "limites" às remunerações para defender a margem do sector. Conjugados com a queda das taxas de mercado, mas também com o aliviar da pressão da banca para captar poupanças, a rendibilidade deste produto tem vindo a cair. Em Agosto – os últimos dados oficiais – em média, os bancos estavam a pagar 1,99%. Um mínimo de três anos.
Apesar da queda da rendibilidade os depósitos continuam a ser o principal "porto de abrigo" das poupanças das famílias. O montante total aplicado neste produto está perto de recorde (acima dos 130 mil milhões de euros), algo explicado pelo perfil mais conservador de poupança dos portugueses, mas para o qual o tem também contribuído a adopção de uma nova estratégia por parte das instituições financeiras. Se não conseguem captar pelos juros, captam pela conveniência para o cliente.
Pequenos com taxas grandes
Esta tendência de queda das taxas oferecidas nas aplicações a prazo tem sido visível em praticamente todas as instituições financeiras. Nas "gigantes" do mercado nacional com mais expressão, no entanto, do que noutros bancos de menor dimensão que têm tentado ganhar conquistar o seu espaço no panorama financeiro nacional. Bancos como o BIC, Banco Invest, ou os "on-line", como o Best, BIG ou o Activobank, conseguem "fugir" às taxas baixas.
É nestas instituições que se encontram ainda juros atractivos, que fazem frente, por exemplo, aos oferecidos actualmente pelos certificados de aforro. O Negócios recolheu as melhores ofertas de 18 bancos para três prazos diferentes (um, três e cinco anos), sendo que invariavelmente as taxas oferecidas pelo Banco Invest e o BIG apresentaram-se como as melhores. O primeiro é o campeão nos depósitos a um ano, pagando 3,5%, já o segundo conquista as poupanças com taxas de 3,1% e 3,3% a três e cinco anos, respectivamente. Estes períodos devem ser tidos em conta pelos investidores já que assim poderão garantir uma rendibilidade elevada para os próximos ano.