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O turismo é o motor económico e do emprego em Faro

A aposta de futuro passa pela qualidade e a atração de turistas com maior poder de compra, o que implica produtos e serviços para este segmento de turismo.

16 de Abril de 2024 às 13:20
António Velez do Peso, responsável comercial de empresas do Santander
António Velez do Peso, responsável comercial de empresas do Santander Ricardo Nascimento
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“O turismo é o nosso principal setor de atividade com tudo de bom que nos traz e às vezes uma ou outra coisa menos boa, mas faz parte, e é o principal motor da nossa economia, representando 60 a 70% direta e indiretamente, e sendo o grande motor na criação do emprego”, disse Carlos Baía, vereador da Câmara Municipal de Faro, anfitriã da conferência de Turismo no âmbito do prémio Portugal Inspirador, uma iniciativa do Santander de Portugal e da Medialivre, com o Jornal de Negócios, o Correio da Manhã e a CMTV, e, em parceria, com a Informa DB, a Accenture e a Nova SBE. O concelho de Faro tem hoje mais de 6500 camas, permite alojar dez mil hóspedes, tem mais de um milhão de dormidas, o que gera uma receita que estimamos será superior a 50 milhões de euros.

Carlos Baía sublinhou a necessidade de o turismo algarvio se virar para a qualidade, “turistas com maior poder de compra, o que implica uma responsabilidade da nossa parte e ter um produto e um serviço para esse tipo de turistas”. Não esqueceu dos desafios de sustentabilidade, “desde a água, aos recursos humanos e por isso precisamos dos migrantes, mas temos de olhar para a migração com alguma cautela, mas temos de as acolher com dignidade”.

António Velez do Peso, responsável comercial de empresas do Santander, falou dos riscos imediatos ao crescimento económico, começando pelos externos como as tensões geopolíticas, a fragmentação do comércio mundial e o impacto no preço das matérias-primas e a posição do BCE relativamente a disponibilidades e há redução de compra de dívida, embora o mercado se “mantenha muito líquido”. No mercado interno, há dúvidas sobre o comportamento dos preços da energia e a evolução dos salários e o crescimento está em parte dependente da execução dos fundos europeus como o PRR e o Portugal 2030.

António Velez do Peso salientou que “nos últimos anos tem havido pouco investimento, com exceção do imobiliário, e, no final de 2023 e o início de 2024 foi marcado por mais investimento na indústria e no turismo, neste caso já vinha de 2022, mas é bom saber que o país está a investir em todas as áreas”. 

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