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"Inovar e fazer diferente" tem sido a aposta desta direção da ARSA, que tem levado os cuidados a casa de quem mais precisa. Paulo Morgado começou por destacar o "problema sério" da multimorbilidade, uma consequência do envelhecimento da população."Portugal está a envelhecer a um ritmo assustador", afirmou, destacando a maior prevalência de doenças crónicas, muitas delas relacionadas com estilos de vida pouco saudáveis.
Atualmente "é impensável em qualquer sistema de saúde um profissional trabalhar sozinho" e os "múltiplos saberes são fundamentais para entregar maior valor às pessoas". E exemplificou com as equipas de cuidados continuados integrados (ECCI) que se deslocam ao domicílio e prestam cuidados a pessoas com múltiplos problemas crónicos; e as equipas comunitárias de suporte em cuidados paliativos (ECSCP), que prestam cuidados ao domicílio aos doentes com situações complexas, muitas delas doenças terminais. "As pessoas com este tipo de doença terminal devem morrer em casa. Este é um objetivo dos cuidados paliativos".
Paulo Morgado alerta que "é fundamental termos uma medicina cada vez mais interpretativa, fundada num sólido conhecimento clínico, com conhecimento profundo da comunidade e das necessidades das pessoas".
Referiu ainda dois exemplos de duas formas de trabalhar um pouco diferentes do habitual, salientando que nesses aspetos "somos únicos". O primeiro é o Grupo de Apoio à Saúde Mental Infantil, que surgiu como resposta à falta de pedopsiquiatras na região do Algarve. "Com a ajuda da colaboração de pedopsiquiatras do Hospital de D. Estefânia montámos 11 equipas multidisciplinares - compostas com médicos, pediatras, enfermeiros, terapeutas ocupacionais e da fala - distribuídas por toda a região e que cuidam durante todo o ano de 1.500 casos de crianças entre os 6 e os 13 anos. "Fazemos a diferença porque não temos um modelo hospitalocêntrico ou medicocêntrico, mas sim um modelo em que usamos as competências de múltiplas áreas para proporcionar cuidados a quem precisa".
Já o projeto "Homecare + Radiologia no domicílio" tem permitido levar equipamentos de radiologia ao domicílio e fazer diagnósticos no local, oque "representa um avanço enorme do ponto de vista da qualidade e rapidez de levar os cuidados a quem não se consegue deslocar".
Atualmente "é impensável em qualquer sistema de saúde um profissional trabalhar sozinho" e os "múltiplos saberes são fundamentais para entregar maior valor às pessoas". E exemplificou com as equipas de cuidados continuados integrados (ECCI) que se deslocam ao domicílio e prestam cuidados a pessoas com múltiplos problemas crónicos; e as equipas comunitárias de suporte em cuidados paliativos (ECSCP), que prestam cuidados ao domicílio aos doentes com situações complexas, muitas delas doenças terminais. "As pessoas com este tipo de doença terminal devem morrer em casa. Este é um objetivo dos cuidados paliativos".
Temos de abandonar o ‘one-size-fits-all’, pois cada pessoa é um mundo diferente e a abordagem tem de ser personalizada" Paulo Morgado
Presidente do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde do Algarve (ARSA)
Recordando que "não existem guidelines para lidar com a complexidade dos problemas de saúde e da multimorbilidade", Paulo Morgado defende que "terá de ser o médico a adequar a abordagem: "Temos de abandonar o ‘one-size-fits-all’, pois cada pessoa é um mundo diferente e a abordagem tem de ser personalizada." "É fundamental colocar mais recursos nas zonas menos privilegiadas e dar mais acesso para acabar com a iniquidade em saúde". Exemplificando com o que está a ser feito na ARSA, Paulo Morgado referiu que existem atualmente em toda a zona algarvia uma rede de unidades de saúde móvel, carrinhas que levam os cuidados de saúde às pessoas que estão em zonas rurais ou mais desfavorecidas, permitindo o chamado ‘aging in place’. Adquiridas com fundos comunitários e a ajuda das autarquias, estas carrinhas proporcionam cuidados de saúde primários de prevenção, vacinação, rastreios ou educação para a saúde. "Temos a certeza de que esses cuidados de saúde centrados nas pessoas são mais eficientes, têm mais qualidade, são mais sustentáveis e dão maior segurança porque a experiência do utente é fundamental". Presidente do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde do Algarve (ARSA)
Paulo Morgado alerta que "é fundamental termos uma medicina cada vez mais interpretativa, fundada num sólido conhecimento clínico, com conhecimento profundo da comunidade e das necessidades das pessoas".
Referiu ainda dois exemplos de duas formas de trabalhar um pouco diferentes do habitual, salientando que nesses aspetos "somos únicos". O primeiro é o Grupo de Apoio à Saúde Mental Infantil, que surgiu como resposta à falta de pedopsiquiatras na região do Algarve. "Com a ajuda da colaboração de pedopsiquiatras do Hospital de D. Estefânia montámos 11 equipas multidisciplinares - compostas com médicos, pediatras, enfermeiros, terapeutas ocupacionais e da fala - distribuídas por toda a região e que cuidam durante todo o ano de 1.500 casos de crianças entre os 6 e os 13 anos. "Fazemos a diferença porque não temos um modelo hospitalocêntrico ou medicocêntrico, mas sim um modelo em que usamos as competências de múltiplas áreas para proporcionar cuidados a quem precisa".
Já o projeto "Homecare + Radiologia no domicílio" tem permitido levar equipamentos de radiologia ao domicílio e fazer diagnósticos no local, oque "representa um avanço enorme do ponto de vista da qualidade e rapidez de levar os cuidados a quem não se consegue deslocar".