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Foi preciso a recessão chegar com força a Portugal para que a venda de carros começasse a ajudar o produto interno bruto (PIB) nacional. Nos últimos 15 anos, apenas em 2012 e 2013 as exportações de automóveis ultrapassaram as importações e permitiram alcançar um excedente nesta categoria.
O título deste texto deve ser interpretado com cautela. O sector automóvel ajuda a dinamizar a actividade económica nacional. No entanto, aqui estamos a tratar apenas da relação entre os veículos (e as suas partes) que compramos e vendemos ao exterior. Como as importações são subtraídas no cálculo do PIB, isso significa que quanto mais se comprar lá fora, mais penalizados serão os números da economia.
Apesar de se falar muito dos carros que produzimos e exportamos - nomeadamente através da Autoeuropa -, a verdade é que somos um país deficitário no que diz respeito aos veículos automóveis. O ramo de actividade dos veículos automóveis tem o segundo conteúdo importado mais elevado em Portugal (68%), apenas superado pelos combustíveis (que também temos de importar para depois refinar e vender ao exterior).
Leia-se, compramos mais carros e partes dos mesmos ao exterior do que aqueles que vendemos. Desde 2000 que esse défice tem flutuado entre os mil e os três mil milhões de euros.
Porém, em 2012 e 2013 essa relação inverteu-se devido a uma forte contracção das importações, que reagiram à quebra do consumo, iniciada em 2010 com as primeiras medidas de austeridade e que se haveria de agravar nos anos seguintes. Nesses dois anos, observou-se um saldo positivo de 585 e 112 milhões de euros, respectivamente.
Em 2015, ano do regresso ao crescimento, o consumo reagiu e a relação retornou a uma situação deficitária. Portugal voltou a importar mais 1,4 mil milhões do que exporta.
Esta evolução é também visível nos números das vendas de automóveis ligeiros. A partir da década de 80, a venda de carros em Portugal seguiu uma trajectória claramente ascendente até atingir uns recordistas 410 mil veículos vendidos em 2000. No entanto, a partir desse ano, observou-se uma tendência de quebra, bastante acentuada nos anos mais duros do programa de ajustamento. Em 2012, por exemplo, as vendas caíram 41%, começando a recuperar a partir daí. Em 2014 e 2015, já se observou um reforço de 36% e 24%.
O título deste texto deve ser interpretado com cautela. O sector automóvel ajuda a dinamizar a actividade económica nacional. No entanto, aqui estamos a tratar apenas da relação entre os veículos (e as suas partes) que compramos e vendemos ao exterior. Como as importações são subtraídas no cálculo do PIB, isso significa que quanto mais se comprar lá fora, mais penalizados serão os números da economia.
Apesar de se falar muito dos carros que produzimos e exportamos - nomeadamente através da Autoeuropa -, a verdade é que somos um país deficitário no que diz respeito aos veículos automóveis. O ramo de actividade dos veículos automóveis tem o segundo conteúdo importado mais elevado em Portugal (68%), apenas superado pelos combustíveis (que também temos de importar para depois refinar e vender ao exterior).
Leia-se, compramos mais carros e partes dos mesmos ao exterior do que aqueles que vendemos. Desde 2000 que esse défice tem flutuado entre os mil e os três mil milhões de euros.
Porém, em 2012 e 2013 essa relação inverteu-se devido a uma forte contracção das importações, que reagiram à quebra do consumo, iniciada em 2010 com as primeiras medidas de austeridade e que se haveria de agravar nos anos seguintes. Nesses dois anos, observou-se um saldo positivo de 585 e 112 milhões de euros, respectivamente.
Em 2015, ano do regresso ao crescimento, o consumo reagiu e a relação retornou a uma situação deficitária. Portugal voltou a importar mais 1,4 mil milhões do que exporta.
Esta evolução é também visível nos números das vendas de automóveis ligeiros. A partir da década de 80, a venda de carros em Portugal seguiu uma trajectória claramente ascendente até atingir uns recordistas 410 mil veículos vendidos em 2000. No entanto, a partir desse ano, observou-se uma tendência de quebra, bastante acentuada nos anos mais duros do programa de ajustamento. Em 2012, por exemplo, as vendas caíram 41%, começando a recuperar a partir daí. Em 2014 e 2015, já se observou um reforço de 36% e 24%.